Perícia da Polícia Federal conclui que conversa entre Temer e Joesley não sofreu edições
Laudo vê ainda lógica e coerência nas conversas

O laudo da perícia da Polícia Federal que analisou as gravações da
conversa entre o empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS, e o
presidente Michel Temer e os gravadores usados pelo empresário aponta
que não houve edição de conteúdo, ou seja, não houve manipulação nos
diálogos.
A informação foi confirmada por duas fontes envolvidas na investigação.
A perícia oficial contesta a perícia contratada pela defesa de Michel
Temer, do perito Ricardo Molina, que apontou entre 50 e 60 "pontos de
obscuridade" e "mascaramentos" na gravação.
Investigadores afirmam que os peritos da Polícia Federal encontraram
pontos de descontinuidades técnicas, ou seja, variações no sinal de
áudio, provocadas por questões técnicas, sem sinais de fraude ou edição.
O laudo acrescenta que as conversas de Joesley com o presidente têm
lógica e coerência. De acordo com o laudo da PF um dos dois gravadores
que o empresário apresentou à PF foi, de fato, utilizado para registrar a
conversa.
O laudo da PF foi entregue em mãos ao delegado do caso, que foi ao
Instituto Nacional de Criminalística para recebê-lo. O parecer será
enviado na segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal e anexado ao
inquérito, cujo relatório parcial foi entregue pela Polícia Federal ao
STF na última segunda-feira.
O relatório afirma que evidências indicam "com vigor" que Temer e o
ex-assessor e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures cometeram crime de
corrupção passiva. A PF aguardava a perícia da gravação para concluir as
investigações sobre a suspeita de que Temer e Loures cometeram outros
dois crimes: obstrução de justiça e formação de organização criminosa.
G1
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