Policial Militar de 37 anos é achada morta em hotel com contraventor também morto
Franciene de Souza e o bicheiro Haylton Carlos foram achados mortos na madrugada

Foi identificada como sendo a soldado da Polícia Militar Franciene de
Souza a mulher morta ao lado do bicheiro Haylton Carlos Gomes Escafura,
de 37 anos, filho do contraventor José Caruzzo Escafura, o Piruinha. Os
corpos estavam num quarto no oitavo andar do Hotel Transamérica, na
Avenida Gastão Senges, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A Divisão
de Homicídios (DH) analisa imagens do circuito de câmeras do local para
tentar identificar os assassinos.
Segundo o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), Franciene
era lotada no 23º BPM (Leblon) e atualmente estava trabalhando na
unidade da Rocinha, na Zona Sul. Ela estava na Polícia Militar desde
2014.
O crime foi por volta das 4h30. Após os disparos, policiais militares
do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) foram acionados. Os corpos de
Franciene e de Haylton estavam no banheiro. O Batalhão de Operações
Especiais (Bope) fez uma varredura no local, mas não localizou
suspeitos.
Segundo o delegado Fábio Cardoso, titutar da Divisão de Homicídios da
Capital, os assassinos — todos encapuzados — entraram pelo
estacionamento do hotel. Eram pelo menos três. Um teria ficado no carro.
Outros dois foram pela escada até o apartamento onde estava o casal.
Ainda de acordo com o delegado, Haylton e Franciene tentaram fugir dos
executores e entraram no banheiro, onde foram baleados.
— Trabalhamos com a hipótese de que ele era o alvo dos bandidos — disse
Cardoso, que não deu detalhes sobre a natureza do relacionamento entre o
bicheiro e a policial.
Parentes de Haylton estiveram no local no hotel, onde o contraventor
era morador e não hóspede. Os corpos das vítimas passarão por uma
necrópsia no Instituto Médico Legal (IML).
Preso na 'Black Ops'
Haylton havia sido preso em junho de 2012, durante a operação "Black
Ops", da Polícia Federal, acusado de envolvimento com a máfia dos
caça-níqueis do Rio. Condenado a 15 anos e quatro meses de prisão, ele
havia ficado oito meses foragido da Justiça.
Segundo investigações, Haylton e sua quadrilha usavam a venda de carros
de luxo para lavar o dinheiro da contravenção. Na época, músicos e
jogadores de futebol ficaram na mira da polícia. O bando foi acusado de
contrabando, comércio ilegal de pedras preciosas, formação de quadrilha e
evasão de divisas.
Extra
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