Empresário gastou R$ 60 mil para virar Mulher Abacaxi, como hoje é conhecido no mundo do funk
Para
se transformar na transexual Marcela Porto, Bruno Souza, 33 anos, não
economizou para virar mulher. Há quatro anos ele, que hoje é conhecido no
mundo do funk como Mulher Abacaxi, colocou 280 ml de silicone nos seios,
250 ml de metacril para levantar o bumbum; fez lipoescultura no abdômen
e nas costas; afinou o nariz três vezes; puxou os olhos; fez cirurgia
nas pálpebras e mexeu no queixo. Ao todo ela gastou mais de R$ 60 mil em
plásticas.
Durante muito tempo o dinheiro para Bruno virar
Marcela era obtido com a sua empresa que administra uma frota de sete
caminhões em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A transformação
definitiva só aconteceu há três anos. Antes, Bruno só se vestia como
Mulher Abacaxi para se apresentar nos shows que fazia. “Resolvi me
assumir como mulher depois de uma viagem que fiz pela Europa, onde me
apresentei em alguns países de lá. Antes dizia para a minha família que
só virava mulher para fazer os shows. Quando desembarquei no Rio vinda
da Europa, toda montada, eles tiveram um choque, mas hoje me aceitam”,
conta ela.
A decisão de virar definitivamente mulher só fez bem ao
ego de Marcela, garante. Antes de se assumir transexual, ela conta que
se sentia com uma “lésbica masculinizada”. “Para trabalhar com os
caminhoneiros, usava uma tala para esconder os seios e era até paquerada
por lésbicas. Me sentia um sapatão. Agora não, sou mulher 24 horas”.
Recentemente
ela também se intitulava a primeira ring girl trans. Marcela ia para o
ringue de roupinha sexy e roubava as atenções. Mas o trabalho não lhe
dava dinheiro. “Participei de cinco lutas e desisti”, conta.

Nada de preconceito
Marcela
garante que não sofre preconceito por parte dos caminhoneiros. Isso
porque, segundo ela, sabe se posicionar diante deles. “Moro de segunda à
quinta-feira na minha empresa em Duque de Caxias. Depois sigo para a
minha casa em Niterói. No trabalho não me monto nem jogo charme, né.
Trabalho de tênis e calça jeans. Todos me respeitam.”
Apesar de
toda transformação física a qual se submeteu, ela garante que não pensa
em trocar de sexo. Marcela tem medo de perder o prazer, avisa. “Dizem
que a gente deixa de ter orgasmo quando opera. Eu sou muito bem
resolvida. Não quero operar.”
A sua preferência sexual é eclética.
Como transexual já namorou mulheres e agora se relaciona com um
venezuelano que, como ela, também é dono de uma frota de caminhões.
“Gosto de pessoas, não ligo para o sexo delas.”
Quanto ao futuro
profissional, vai muito bem obrigada. Agora Bruno quase não banca mais
Marcela graças ao trabalho em ascenção da Mulher Abacaxi que em breve
irá gravar um clipe com o produtor KondZilla. Para isso, dessa vez o
lado empresário dará só um empurrãozinho. “Vou vender um dos meus
caminhões para bancar o novo clipe. É bem caro!”.
G1
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