Em ranking de grana da TV, Flamengo é campeão e Corinthians perde o vice
Estudo foi apresentado pela Itaú BBA

O Flamengo foi o campeão da TV no ano de 2016, disparado à frente dos
demais concorrentes. Afinal, o time rubro-negro faturou R$ 216 milhões
apenas de dinheiro vindo das cotas de transmissão. O valor é mais do que
50% do Fla na temporada passada, que ficou na casa de expressivos R$
408 milhões. É o que mostra estudo do Itaú BBA.
A análise da instituição financeira mostra, em observações feitas em
cima das finanças de cada clube, que o Corinthians teve receitas de R$
336 milhões em 2016, sendo R$ 150 milhões do montante total oriundo da
televisão - o valor é R$ 38 milhões superior ao ano anterior, mas R$ 4
milhões inferior a 2012, quando o clube foi campeão mundial.
O time paulista, conhecido por dividir o topo das cotas de TV com o
Flamengo, contudo, foi ultrapassado pelo Vasco, novo vice-líder do
ranking. Mas existem controvérsias nesse fato: para desenvolver o
ranking, o Itaú não somou luvas televisivas às receitas das agremiações,
e acredita que tal fator está incluído no montante informado pelo clube
cruzmaltino.
Afinal, o Vasco diz ter computado R$ 165 milhões com a televisão em
2016, de um total de R$ 213 milhões de rendimentos. O Itaú BBA ressalta,
contudo, que "a qualidade da informação no Vasco da Gama é bastante
ruim. Em TV, o crescimento foi de 58% com relação ao ano anterior, mas
acreditamos que aqui dentro há luvas, não detalhadas".
O Cruzeiro, por sua vez, faturou R$ 131 milhões com a televisão, mas o
montante total das receitas celestes foi de R$ 225 milhões. Em
comparação ao arquirrival Atlético-MG, o time alvinegro somou R$ 300
milhões de faturamento, sendo a TV a responsável por R$ 129 milhões.
Os dois clubes, contudo, entram no mesmo caso que o Vasco. "Eles
contabilizaram luvas em 2015 e 2016 dentro das receitas, sem
destacá-las", detalhou o estudo do Itaú BBA.
Clube que mais faturou em 2016, com R$ 469 milhões em receitas, o
Palmeiras é o sexto colocado desse ranking porque computou, desse
montante, "apenas" R$ 128 milhões com a televisão. Ou seja: o clube
somou ganhos expressivos em outros itens, como R$ 104 milhões em
biljeteria, R$ 97 milhões em publicidade e R$ 52 milhões em transações
de atletas, como Gabriel Jesus.
O valor embolsado pelo Palmeiras com a TV é idêntico ao do arquirrival
São Paulo: R$ 128 milhões. O time tricolor faturou bastante com venda de
atletas - R$ 86 milhões - e somou R$ 369 milhões de rendimentos ao
longo do ano passado.
O oitavo colocado da lista também é paulista: o Santos, que teve
crescimento de 27% no faturamento com a televisão. Foram embolsados R$
109 milhões em 2016. Já o Grêmio ficou com apenas R$ 3 milhões a menos,
mas nos R$ 106 milhões gremistas o Itaú BBA não computou R$ 100 milhões
que vieram de luvas de TV, lançadas como "não operacionais".
O Botafogo ficou com R$ 101 milhões oriundos das cotas televisivas, 63%
do total de toda a receita do clube em 2016, na casa dos R$ 160
milhões. Já o Fluminense levou R$ 97 milhões em TV, de R$ 198 milhões em
rendas.
Para completar, o Internacional foi o time grande que menos faturou no
quesito: levou R$ 79 milhões de cotas televisivas na temporada anterior,
mas no montante também não foram somados R$ 61 milhões de luvas.
No estudo, o Itaú BBA ainda explica que, no Brasil, os 12 clubes
grandes concentram 72,5% das receitas de TV, sendo que o maior deles, o
Flamengo, fica com 10% do total, e a distância dele para o bloco
seguinte é de 4%. Ou seja: não há o que é chamado de "espanholização",
referência a Real Madrid e Barcelona possuírem 60% da grana da TV na
Espanha.
ESPN Brasil
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