Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, pede liberdade à Justiça
A
detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte
dos pais, pediu à Justiça para ir ao regime aberto – se for concedido,
ela cumprirá o restante da pena em liberdade. Não há prazo para
julgamento do pedido, feito pela defesa dela no início deste mês. Ela
está presa em Tremembé, no interior de São Paulo.
No
documento, a defesa incluiu que Suzane, quando obtiver a progressão,
tem uma vaga de emprego de costureira disponível em uma confecção em
Angatuba (SP) – cidade onde vive o namorado da presa. A oferta,
confirmada pela empresa em um ofício, permanecerá em aberto até a
decisão da Justiça sobre o regime penal mais brando.
A
detenta, encarcerada desde 2002, passou a cumprir pena em outubro de
2015 no regime semiaberto. Nele, ela já tem direito às saídas
temporárias. Se for para o regime aberto, ela poderá deixar a prisão
para viver em liberdade desde que tenha endereço fixo, trabalho e
compareça em datas determinadas pela Justiça na Vara de Execuções
Criminais (VEC) em Taubaté (SP).
No
pedido, a defensoria, que atua na defesa de Suzane Richthofen, aponta
que ela cumpriu o tempo de pena necessário para ter direito à progressão
para o regime aberto – sendo um sexto da pena no semiaberto. O
documento destaca ainda o ‘ótimo comportamento carcerário da
sentenciada’ apontado em atestado emitido pela direção da penitenciária.
No
cálculo da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o prazo
para mudança de regime seria 4 de setembro de 2019, mas a Defensoria
cobra o abatimento de 996 dias deste prazo, adquirido por meio do
trabalho de costureira que exerce em uma oficina no presídio. Antes, ela
atuou na unidade como auxiliar de enfermaria e de copa.
Se esses dias remidos forem considerados, ela já teria cumprido o tempo necessário à progressão.
O
pedido de Suzane foi encaminhado ao Ministério Publico que deve emitir
um parecer sobre o regime aberto à detenta na próxima semana. Essa
análise deve embasar a decisão da Justiça.
O G1 procurou
o promotor Paulo de Palma; a juíza que vai apreciar o pedido, Wânia
Gonçalves da Cunha; a Defensoria Pública e a Secretaria da Administração
Penitenciária (SAP) para comentar o assunto. Ninguém retornou até a
publicação da reportagem.
G1
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