Paulo Maluf, esposa e filho são condenados a três anos de prisão por Corte francesa
Publicado por: Anderson Costa
A Corte de Apelações de Paris condenou
o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) a três anos de prisão e multa de
200 mil euros (R$ 735 mil) por lavagem de dinheiro. A esposa do
parlamentar, Silvia, também foi condenada a três anos, com multa de 100
mil euros (R$ 367 mil), além do filho do casal, Flávio Maluf, pelo mesmo
crime.
Ex-prefeito de São Paulo (1993-1996),
Maluf havia sido condenado em 2015 pela Justiça em Paris por lavagem de
dinheiro. Os crimes teriam ocorrido entre 1996 e 2003. Em uma primeira
instância, ele foi condenado a três anos de prisão.
A sentença determinou ainda o confisco
de 1,8 milhão de euros (R$ 6,6 milhões) em contas do deputado e de seus
familiares. Além disso, à família foram impostas multas que somam 500
mil euros (R$ 1,8 milhão).
Mas a defesa de Maluf apresentou um
recurso perante a Corte de Apelações de Paris que, só em março deste
ano, começou a julgar o caso. Uma decisão seria dada em 9 de maio.
Porém, na ocasião, os três juízes indicaram que não havia ainda um
consenso sobre a sentença e um primeiro adiamento foi anunciado.
A nova data para a sentença seria 30 de maio. Há duas semanas, uma vez mais sem consenso, os juízes optaram por outro adiamento.
Em primeira instância, a Justiça
francesa determinou que Maluf, a mulher e o filho “agiram em associação
para ocultar a origem de recursos” que tiveram origem em ato de
corrupção e desvio de dinheiro no Brasil na época em que Maluf era
prefeito de São Paulo.
No último dia 23, os ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal condenaram Maluf pelo crime
de lavagem de dinheiro a uma pena de 7 anos, 9 meses e dez dias de
prisão. O crime, como no caso da França, teria sido praticado quando
ele exercia o cargo de prefeito de São Paulo.
Os
ministros entenderam que a pena elevada é “incompatível” com o mandato
de deputado. Assim, decretaram a perda do mandato de Maluf. O
STF ainda impôs multa de cerca de R$ 1,3 milhão ao ex-prefeito.
Consultados, os advogados de Maluf informaram que vão recorrer à Corte Suprema francesa.
Fonte: Metropoles
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