Possível prisão de Lula preocupa PT, diz líder do partido na Câmara dos Deputados
Quase
duas semanas após a divulgação da lista dos políticos com foro
privilegiado que passam a ser investigados na Operação Lava Jato, os
partidos políticos ainda tentam se recompor. O PT, um dos mais atingidos
ao lado de PSDB e PMDB, observa também um ex-ministro de um governo seu
dizer que pode apresentar fatos novos para as investigações e aguarda o
depoimento que seu principal membro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT), deverá prestar à Justiça Federal em Curitiba.
Para o líder do PT na Câmara, o deputado federal Carlos Zarattini (SP),
os efeitos da "lista de Fachin" foram mais fortes contra seus
adversários. "Essa lista praticamente destruiu o PSDB e o PMDB", disse
ao UOL. Zarattini - que passou a ser alvo de dois inquéritos -, defende
que as delações contra membros do PT não apresentam provas.
Por isso, ele diz acreditar que não há razão para que Lula seja preso.
"Mas, como nós estamos vivendo um regime de exceção - a Lava Jato tem
autorização para fazer o que bem quiser -, nos preocupa, sim".
Em entrevista ao UOL, Zarattini disse não ver problemas no fato de
Antonio Palocci, ex-ministro dos governos de Lula e da ex-presidente
Dilma Rousseff (PT), elogiar, em depoimento, o juiz Sergio Moro,
responsável pela Lava Jato, e ainda sinalizar que tem novas provas que
poderão dar "mais um ano de trabalho" para os investigadores.
Ao contrário do colega de partido, o líder do PT é um crítico de Moro: "a gente pode esperar qualquer coisa desse juiz".
Uol
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