Pesquisa Vox Populi: 78% querem cassação de Temer e 90% querem diretas
Novo recorte da pesquisa Vox Populi encomendada pela
CUT, divulgada neste fim de semana pela revista CartaCapital, revela que
78% dos brasileiros defendem que o Tribunal Superior Eleitoral casse o
mandato de Michel Temer; depois de uma eventual cassação do presidente, a
Constituição prevê que seu substituto seja escolhido por eleições
indiretas, ou seja, pelo Congresso, mas a pesquisa também aponta que 90%
dos entrevistados preferem escolher, via eleições diretas, o próximo
presidente; as propostas de Temer para a reforma da Previdências e a Lei
da Terceirização, que foi aprovada pelo Congresso, também são
reprovadas quase que por unanimidade, com índices entre 80% e 93%.
Um novo recorte da pesquisa Vox Populi, divulgado pela Carta Capital
neste fim de semana, revela que nada menos do que 78% dos brasileiros
defendem que o Tribunal Superior Eleitoral casse o mandato de Michel
Temer.
Além disso, nove em cada dez brasileiros preferem
escolher, via eleições diretas, o próximo presidente da República, caso
Temer deixe o poder. Hoje, de acordo com a Constituição, o Congresso é
que deveria eleger o substituto do peemedebista caso ele seja cassado.
A pesquisa, que foi encomandada pela CUT (Central
Única dos Trabalhadores), demonstra ainda uma rejeição altíssima da
população sobre propostas do governo que retiram direitos dos
trabalhadores, como a reforma da Previdência e a Lei da Terceirização,
que já foi aprovada pelo Congresso e amplia a possibilidade de
terceirização para qualquer atividade dentro de uma empresa, pública ou
privada.
"O aumento da idade da aposentadoria para 65 anos e
do tempo de contribuição (mínimo de 25 anos), base da reforma da
Previdência, é rejeitado por 93%, revela a pesquisa CUT/Vox Populi. E e
80% reprova a Lei de Terceirização", informa a Carta Capital.
"A crise política só começará a ser debelada com
novas eleições, e somente uma intensa mobilização popular, com os
movimentos sociais e a população nas ruas, será capaz de antecipá-las",
diz Vagner Freitas, presidente da CUT. "Boa parte dos deputados e
senadores que estão aí sabe que não será capaz de se reeleger em 2018,
até pelos impactos da Lava Jato. Parecem negociar o fim de suas
carreiras políticas", acrescenta.
O levantamento, realizado entre 6 e 10 de abril,
aponta ainda que apenas 5% consideram o desempenho de Temer ótimo ou bom
– percentual que era de 8% em dezembro do ano passado e de 14% em
outubro. No outro extremo, 65% classificaram a atuação de Temer como
ruim ou péssima.
Outro índice negativo para o peemedebista é o de que
para 51% dos entrevistados, o combate à corrupção está pior com Temer na
presidência da República. Em dezembro, essa era a opinião de 49% dos
entrevistados.
A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos
percentuais, para mais ou para menos. Foram entrevistadas 2 mil pessoas
com mais de 16 anos em 118 cidades.
Brasil 247
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