Agricultor deu veneno no lugar de cachaça a amigos; um morre e outro fica em estado grave
O delegado Juliano Marcula, da Delegacia Municipal de
Barbalha, no Ceará, disse que Francisco das Virgens de Lima, de 38
anos, preso por dar veneno a amigos como se fosse cachaça, sabia que
havia entregado uma substância tóxica para beberem. O acusado, conhecido
na região como João Batista, matou um homem e deixou outro em estado
grave em uma “brincadeira de mau gosto”. O caso veio à tona nesta
quarta-feira.
Como era cliente assíduo no bar do Cícero, irmão de uma das vítimas,
Lima tinha acesso à despensa em que o proprietário guardava ferramentas e
produtos químicos para a produção agrícola. Na manhã de domingo, ele
saiu de lá com uma garrafa de plástico nas mãos que continha um veneno
para larvas em plantações.
— Lima deu o veneno para o Moreno, que bebeu primeiro, e para outro
homem, coincidentemente chamado João Batista, que acabou morrendo. O
acusado vai responder por homicídio qualificado e por tentativa de
homicídio qualificado — afirmou Marcula.
O homem de apelido Moreno, de 41 anos, continua internado em estado
grave, sem previsão de alta, no Hospital Regional de Juazeiro do Norte.
Sua mãe, ao ver o acusado na delegacia, passou mal e precisou ser
socorrida.
A polícia acredita que João Batista Martins da Silva, de 56 anos,
tenha bebido a maior parte do veneno, por isso morreu em seguida. Os
dois começaram a passar mal minutos depois de ingerir a substância.
Ao ver que os dois homens passavam mal, outros clientes do bar
conseguiram um carro para levá-los ao Hospital São Vicente, em Barbalha.
Na ocasião, Lima quis despistar os agentes e alegou que também havia
ingerido a substância. Ficou sob observação até a tarde de
segunda-feira, mas os médicos não encontraram qualquer vestígio do
veneno no corpo do homicida.
— Durante o socorro, ele quis criar um álibi. Mas populares nos
relataram o ocorrido e já acionamos a escolta policial. Ele ficou detido
no hospital. Ao receber alta, foi preso. Em depoimento, ele contou que
deu a substância para Moreno por maldade. Ele sabia que era veneno —
garantiu o delegado.
Extra
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