Ações do Ministério Público da Paraíba garantem chegada da água à Paraíba
A
próxima quinta-feira (9) entrará para a história do estado da Paraíba.
Neste dia, as águas transpostas do Rio São Francisco entram no
território paraibano pelo município de Monteiro, na Região do Cariri,
rumo ao Açude de Boqueirão, no Compartimento da Borborema. E a
solenidade de abertura das comportas pelo governo federal terá a
presença do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que nos últimos dois
anos e quatro meses tratou da crise hídrica no estado como prioridade,
atuando como fiscalizador, orientador e aglutinador de forças públicas
para viabilizar a conclusão das obras do Eixo Leste do Projeto de
Integração e Transposição das Águas do Rio São Francisco.
“Esta é uma obra de um país, de uma gente, que vai mudar a realidade da
Paraíba e do Nordeste”, destaca o procurador-geral de Justiça do MPPB,
Bertrand de Araújo Asfora. “O Ministério Público está engajado nessa
luta, acompanhando as obras complementares de responsabilidade da
Paraíba e os paraibanos estão preparados para receber essas águas. A
Paraíba não fez e não fará nenhuma vergonha ao país”, completa Bertrand
Asfora, lembrando que todo o Projeto da Transposição vai assegurar o
abastecimento regular de água a 390 cidades em quatro estados
nordestinos: Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte;
beneficiando um total de 12 milhões de pessoas.
“Sempre confiei na força dos paraibanos e por isso sempre disse ao
ministro da Integração de que a Paraíba não iria fazer vergonha alguma
neste momento importante da nossa história”, repete Bertrand Asfora,
destacando que o problema da escassez e preservação dos recursos
hídricos no estado da Paraíba tem sido uma preocupação constante do
Ministério Público paraibano, desenvolvendo desde novembro de 2014
várias ações relacionadas ao tema água.
O procurador-geral de Justiça chegou a estudar a possibilidade de criar
no âmbito da instituição a Promotoria da Água e Sustentabilidade, com o
objetivo de dar maior celeridade e resolutividade aos casos que chegavam
ao MPPB relacionados ao uso irregular da água no estado. De novembro de
2014 até os dias de hoje, foram criadas equipes de força-tarefa,
comissões especiais, comitês; realizadas inúmeras reuniões técnicas,
audiências públicas, viagens a Brasília, encontros regionais; inspeções,
monitoramentos e cobranças dos órgãos públicos envolvidos no Projeto da
Transposição.
A criação do Comitê de Gestão da Crise Hídrica na Paraíba, que num
primeiro momento teve como principal foco o Açude de Boqueirão (Açude
Presidente Epitácio Pessoa) e o abastecimento de água na região
polarizada pelo município de Campina Grande, foi fundamental para a
conclusão das obras complementares que agora permitem a chegada das
águas da Transposição. “E não vamos parar por aqui. Vamos permanecer
mobilizados para o acompanhamento da gestão e fiscalização do uso dessas
águas e, já nos próximos dias, o nosso foco será o término das obras do
Eixo Norte da Transposição”.
PB Agora com Assessoria
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