Mulher tem mãos decepadas com espada de samurai por namorado
Publicado por:
Carlos Rocha

Uma mulher que teve as mãos decepadas após um ataque de seu então
namorado com uma espada de samurai, em 2003, virou símbolo da luta
contra a violência doméstica na Nova Zelândia. Simone Butler, de 42
anos, teve os braços reimplantados e passou por anos de fisioterapia e
apoio psicológico. Há dois anos, ela publicou um livro para relatar a
experiência.
No dia do crime, a vítima estava acompanhada
de uma amiga, Renee Gumbie, que também foi atacada e perdeu a mão
esquerda. Além disso, antes de ser preso, o ex-namorado de Simone,
Antonie Dixon, ainda matou um homem a tiros em um posto de gasolina e
fez um outro refém. Ele era usuário de drogas e tinha consumido
metanfetaminas pouco antes do ataque.
“Não morri porque sou resistente por natureza, acho. Não tinha muitas
expectativas na vida quando encontrei Antonie. Havia sinais de alerta,
mas me venceu pelo cansaço. Ele basicamente me perseguiu durante seis
meses até que eu saísse com ele. Antonie era charmoso, carismático e me
fazia rir. E gostava muito de mim. Minha autoestima era baixa naquela
época e acabei acreditando em todos os elogios e promessas”, contou a
vítima à BBC.
Em 2005, Dixon foi condenado à prisão perpétua. No entanto, sob
alegação de insanidade mental do réu, que sofreu abusos sexuais e
violência na infância, a defesa pediu que o caso fosse julgado
novamente. Em 2009, antes que a segunda sentença fosse dada, ele
apareceu morto na prisão.
Segundo investigações, ele teria se suicidado na prisão. Dixon havia sido preso 14 vezes ao longo da vida.
Quando recebi a notícia, saí dançando
pela sala. Eu finalmente estava livre dele. Mesmo na prisão, Antoine
encontrava maneiras de se comunicar comigo e me chantagear e ameaçar.
Ele conhecia pessoas do lado de fora que podiam fazer o que pedisse.”
Hoje, Simone já consegue usar a mão esquerda e também não tem mais
vergonha de mostrar as cicatrizes. Ela se tornou porta-voz de ONGs de
apoio a vítimas de violência doméstica na Nova Zelândia.
Por muito tempo eu tive medo de sair de
casa por causa das cicatrizes. Mas hoje sei que minhas mãos apenas
mostram que estive em batalhas – e que as venci.”
Créditos: Notícias ao Minuto
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