Procuradoria Eleitoral da Paraíba instaura procedimento sobre visita de Lula a Monteiro e encaminha à PGE
Procedimento vai apurar se o ex-presidente praticou propaganda política extemporânea
Por: Larissa Claro
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| Lula em Monteiro, na Paraíba |
O
Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria Eleitoral da
Paraíba, instaurou um procedimento sobre a visita do ex-presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último domingo a cidade de
Monteiro (PB). O evento de celebração da chegada das águas do Rio São
Francisco foi comunicado na última segunda-feira (20) à
Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), em Brasília, por envolver um
candidato presidenciável.
De acordo com o procurador Marcos Queiroga, todo o material relativo
ao fato está sendo reunido durante esta semana para apreciação da PGE,
que detém a atribuição em face de candidatos à presidência. O
procedimento para apurar se o ex-presidente praticou propaganda política
extemporânea, ou seja, fora do prazo estabelecido pela Justiça
Eleitoral, foi instaurado pela Procuradoria Eleitoral na Paraíba,
originando a Notícia de Fato 1.24.000.000524/2017-60.
Tecnicamente, Notícia de Fato é o procedimento prévio para se reunir
indícios mínimos. Apenas em se confirmando os indícios, transforma-se em
Procedimento Preparatório Eleitoral (PPE), espécie de inquérito em
matéria eleitoral a cargo do Ministério Público.
A visita de Lula a Monteiro atraiu milhares de pessoas no último
domingo (19) – a estimativa da Polícia Militar chega a 70 mil. O evento
ficou conhecido como a inauguração popular da Transposição do Rio São
Francisco e também contou com a presença de dezenas de políticos,
incluindo governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
Sobre propaganda antecipada, o procurador Marcos Queiroga adverte que
toda manifestação que antecipe campanha política, com pedidos de votos,
slogan, cores de campanha, números de candidato, configura ilícito
eleitoral passível de multa. “Dependendo do caso, quando iniciado o
processo eleitoral no ano que vem, pode haver representação por abuso de
poder econômico com cassação de registro, mesmo por fatos cometidos
neste ano de 2017”, ressaltou.
Blog do Gordinho

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