Projeto vai coletar dados sobre comportamento de espécies na floresta amazônica
Floresta amazônica |
Uma rede de sensores com microfones e câmeras
será instalada sob a copa das árvores para coletar informações sobre o
comportamento das espécies no interior da floresta amazônica, de forma
contínua. A tecnologia reduzirá a presença humana e os custos das
expedições de campo e vai identificar as espécies por imagem e som e
transmissão remota de dados. As informações serão transmitidas por
satélite em tempo real para os pesquisadores.
Composto por três fases, o projeto Providence é coordenado pelo
Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em parceria com a
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Commonwealth Scientific and
Industrial Research Organisation (CSIRO), o The Sense of Silence
Foundation e o Laboratório de Aplicações Bioacústicas da Universidade
Politécnica da Catalunha (UPC).
Dez sensores serão instalados, neste mês, em diferentes pontos da
Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, na interior da
Amazônia. Na primeira fase do projeto, iniciada em outubro de 2016 e com
duração de 18 meses, os pesquisadores vão avaliar se a rede de sensores
terá capacidade de captar sons e imagens de animais a partir de
amostras. Para isso, foram escolhidas dez espécies, entre elas a
onça-pintada, o macaco-guariba e o boto-cor-de-rosa. A escolha desses
animais foi feita por causa dos sons característicos, da abundância na
região e do carisma. O projeto tem U$S 1,4 milhão em recursos da
Fundação Gordon and Betty Moore.
Os dados coletados pelos sensores servirão para preencher lacunas no
monitoramento da fauna da região amazônica. De acordo com o ministério,
as informações levantadas são utilizadas em estratégias de conservação
de espécies e criação e gestão de unidades de conservação. A expectativa
é de que o projeto, ao final, tenha mil aparelhos espalhados pela
floresta.
Agência Brasil
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