Ao lado de citados na Operação Lava Jato, Alexandre de Moraes toma posse
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| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
O ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes, 48 anos, tomou posse na tarde desta quarta-feira como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele
assume a vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki, morto em acidente
de avião em Paraty, litoral do Rio de Janeiro, em janeiro deste ano.
O nome de Moraes havia sido aprovado pelo Senado por 55 votos a favor
e 13 contra no dia 22 de fevereiro, após indicação do presidente Michel
Temer. Com a posse, Moraes será o revisor da Operação Lava Jato no
plenário da Corte.
Moraes, que pode ficar no cargo até 2043, assume na semana em que o
relator da Lava Jato no STF. ministro Edson Fachin, deve decidir se abre
investigação contra cerca de cem políticos com direito a foro na Corte
citados nas delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht.
A abertura dos inquéritos foi pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Moraes atuará como revisor nos casos de processos envolvendo a Lava Jato que cheguem para votação no plenário do STF.
Entre os cerca de 1.500 convidados para a posse estavam todas as
altas autoridades da República, como Temer, o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente do Senado, Eunicio de Oliveira
(PMDB-CE), todos citados em delações da Odebrecht. Também estavam na
posse políticos do PSDB, partido de Moraes até fevereiro deste ano, como
o seu padrinho político, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
além dos senadores Aécio Neves e José Serra, também citados em delações
da Odebrecht.
O protocolo do STF para esse tipo de cerimônia não prevê discursos –
Moraes leu apenas um termo de compromisso e prestou juramento. Ele foi
empossado pela presidente da Corte, a ministra Cármen Lúcia. Depois,
recebeu cumprimentos dos convidados.
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