Paraibano encaminha a ministros do TSE relatório de ação da chapa Dilma-Temer
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| Ministro Herman Benjamin durante sessão plenária do TSE. Brasília-DF, 23/02¹2017 - Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE |
Relator da ação que pode levar à cassação da
chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) nas eleições de 2014,
o ministro Herman Benjamin encaminhou aos seus colegas do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) um relatório parcial do processo que totaliza
1.032 páginas. O objetivo do ministro é que os integrantes da corte
possam ser informados antecipadamente das provas, depoimentos e
acusações que constam nos autos do processo, o que lhes permitirá
analisar o caso em profundidade.
“O relatório tem de descrever o mínimo para que os meus colegas
tenham os elementos de convencimento inicial. É um mapa da mina”, disse o
ministro.
De acordo com Benjamin, o tom do relatório é “absolutamente objetivo”, “com muitas transcrições daquilo que é mais relevante”.
Os ministros da corte eleitoral receberam o relatório parcial de
Benjamin apenas em papel impresso. Segundo a assessoria do TSE, o
relatório não traz a opinião do ministro sobre as provas e depoimentos,
“o que deve ocorrer durante a apresentação do seu voto”.
Por se tratar de um relatório parcial, as alegações finais do
Ministério Público Eleitoral e das partes envolvidas não constam no
documento, já que ainda não foram encaminhadas ao TSE. O relatório está
sob sigilo.
Um relatório complementar com acréscimos será encaminhado
posteriormente aos ministros do TSE, informou a assessoria do tribunal.
Na terça-feira, 21, o ministro encerrou a fase de instrução do
processo – etapa em que são coletadas as provas que vão embasar o
julgamento.
Ao encerrar a fase de instrução, Benjamin indica que a ação já se
encaminha para a etapa final – ele tem manifestado nos bastidores o
desejo de levar o caso ao plenário antes da saída do ministro Henrique
Neves, que deixará a Corte Eleitoral em 16 de abril.
O ministro também fixou o prazo de dois dias para as alegações finais
do Ministério Público, de Dilma, Temer e do PSDB – o partido é o
responsável por mover a ação que apura se a chapa que venceu as eleições
presidenciais de 2014 cometeu abuso de poder político e econômico para
se reeleger.
Estadão

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