"Líderes do Brasil defendem austeridade, mas não para eles", diz New York Times
O
jornal norte-americano The New York Times publicou em sua edição deste
domingo (5) um artigo onde questiona fortemente as medidas de
austeridade propostas pelo presidente Michel Temer para conter a crise
econômica do Brasil, com milhares de desempregados, Estados lutando para
pagar policiais e professores, enquanto os Funcionários públicos do
judiciário recebem aumento de 41 por cento.
Simon Romero, autor do texto, afirma que os legisladores de São Paulo
votaram para aumentar seus próprios salários em mais de 26%, e
acrescenta que enquanto o Congresso está se preparando para cortar
benefícios de pensão em todo o país, permite que membros do Governo se
aposentem com pensões vitalícias depois de apenas dois anos no cargo.
O Brasil está lutando para sair de sua pior crise econômica em décadas, e
o presidente Michel Temer diz que o país precisa reduzir os gastos
públicos para fazê-lo, fala o Times.
"Este governo fala de austeridade para todos, mas aumenta os custos para
as pessoas mais vulneráveis da sociedade", disse Giovana Santos
Pereira, 25 anos, professora.
"É ridículo ao ponto de ser trágico."
Simon aponta que Michel Temer defende o corte de gastos, mas realizou um
"banquete pago com dinheiro de contribuintes" para persuadir os
deputados a aprovarem suas reformas. Para o NYT, embora alguns sinais de
recuperação econômica tenham surgido, a situação do povo nas ruas
"conta uma história diferente".
O diário também cita a situação financeira do Rio de Janeiro, que é
vista como um "case" da seriedade do problema no Brasil. Para
finalizar, Romero diz que o descontentamento do povo é tão grande que
políticos ultraconservadores como Jair Bolsonaro vem ganhando espaço no
País.
Jornal do Brasil
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