Ciro Gomes ataca João Dória e diz preferir Jair Bolsonaro em 2018
Publicado por: Anderson Costa Costa
Prefiro mil vezes, discordando de tudo
como eu discordo do Bolsonaro, um cara como ele do que um farsante como o
Doria. Se apresentar como ‘não político’ tendo sido chefe da Embratur
no governo Sarney e tendo enriquecido bastante fortemente com dinheiro
público dos governos do PSDB. Você tem obrigação de informar os seus
leitores com isso. Isso é grave”, afirmou o ex-ministro, em entrevista
após convenção nacional do PDT.
Ciro disse sentir “vergonha” de ter
Doria como prefeito de São Paulo. “A gente, numa eleição majoritária,
vale pelo que é e pelo que nega. Então, se você acha possível fazer um
cara como o Doria presidente do Brasil, vote nele. Agora eu,
francamente, tenho vergonha. Vergonha de um camarada como esse ser
prefeito de São Paulo”, afirmou o ex-ministro, que foi eleito primeiro
vice-presidente nacional do PDT neste sábado.
“Eu, por exemplo, sei o que está sendo
feito em Fortaleza em matéria de escola, de qualificação da gestão da
saúde, em matéria de políticas públicas gerais para a comunidade. E em
São Paulo é só factoide, só papo furado. Um camarada daqueles no Ceará
jamais seria eleito a coisa nenhuma. Porque lá a gente chama isso de
palhaçada”, disse o pedetista, chamando a imprensa de “descuidada” por
não informar os leitores sobre Doria. Procurado via assessoria, Doria
ainda não comentou as declarações de Ciro.
O nome do prefeito de São Paulo passou a
ser cogitado para ser o candidato do PSDB à Presidência em 2018 após
pesquisas revelarem boa avaliação da sua gestão. Além disso, há entre os
tucanos uma avaliação de que, com o avanço da Operação Lava Jato sobre
outros pré-candidatos tucanos ao Palácio do Planalto, como o senador
Aécio Neves (MG), Doria seria o nome do partido com mais chances de ser
eleito presidente da República.
Na entrevista, Ciro também disparou
contra o presidente Michel Temer (PMDB), a quem chamou de “canalha”.
“Esse governo está propondo tudo contra o povo. E eles querem isso aí.
Porque? Porque está no meio da Lava Jato. Esse é um governo de canalhas,
isso afirmo categoricamente, chefiado por um canalha, um governo de
canalha, de ladrões, de marginais que conheço a mil anos”, afirmou o
ex-ministro.
Para o pedetista, o governo Temer não
tem legitimidade para tratar de nenhuma reforma estrutural no País. Na
convenção deste sábado, o PDT decidiu fechar questão contra as reformas
da previdência e trabalhista. Ciro disse ser favorável a sistema
eleitoral de lista fechada e financiamento público de campanha, mas
afirmou ser contra fazer essas mudanças neste momento, em meio à
Operação Lava Jato.
“Eles querem agora fazer uma anistia ao
caixa 2, inclusive com um magistrado da mais alta corte do País
elaborando tese sobre isso, em linha com que políticos estão falando, os
políticos que estão inquinados. O que é isso? O País está vivendo uma
anarquia completa”, afirmou, referindo-se ao presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Gilmar Mendes.
Na última quarta-feira, 15, o ministro
se reuniu no Palácio do Planalto com o presidente Michel Temer e os
presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício
Oliveira (PMDB-CE), para tratar da reforma política. No mesmo dia,
Gilmar ofereceu um jantar em comemoração ao aniversário do senador José
Serra (PSDB-SP), um dos tucanos citados na Jato. Para Ciro, o jantar é
uma “aberração”.
Fonte: Uol
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