Governo brasileiro vai apoiar agricultura familiar na Colômbia para colaborar com acordo de paz
O objetivo brasileiro é conhecer o contexto rural da Colômbia e
identificar as necessidades, além de apresentar ao país o que o governo
do Brasil está fazendo em termos de políticas para a agricultura
familiar. A pasta trabalha com base em políticas como regularização
fundiária, cadastro de terras, cadastro de agricultura familiar,
comercialização, assistência técnica e extensão rural (Ater) e políticas
de gênero e para jovens.
Para consolidar o projeto de cooperação, a expectativa é que até o
mês de maio a missão da Colômbia seja recebida no Brasil para a troca de
experiência. Em seguida, uma comitiva brasileira deve visitar a região
da Colômbia incluída no acordo.
No final de fevereiro, representantes do ministério, do Itamaraty, da
Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e da Embaixada da Colômbia
discutiram o assunto, por meio de videoconferência, com o Ministério da
Agricultura colombiano. A reunião deu prosseguimento às negociações para
estabelecer a cooperação entre o país e a Colômbia, em parceria com a
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Acordo de Paz
Assinado em 1º de dezembro do ano passado, o acordo de paz pôs fim a
meio século de enfrentamentos entre o governo colombiano e a maior
guerrilha do país. Os rebeldes das Farc têm até maio para entregar todas
as suas armas às Nações Unidas.
Ao longo de 52 anos de violência, mais de 200 mil colombianos
morreram e 6 milhões deixaram suas regiões e até mesmo o país. O
presidente Juan Manoel Santos ganhou o Prêmio Nobel da Paz por seus
esforços para negociar o desarmamento do grupo guerrilheiro mais antigo
da América Latina. Foi um processo que durou quatro anos e quase
terminou em fracasso. O primeiro pacto, assinado por Santos e pelo líder
das Farc, Rodrigo Londono (conhecido como Timochenko), foi rejeitado em
um plebiscito em outubro. Novas negociações resultaram numa segunda
versão, menos tolerante com os rebeldes – como pediam os que votaram
contra na consulta popular.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário