Conheça a biblioteca que guarda os segredos do Vaticano
Os arquivos secretos do Vaticano foram retirados do local

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Volumes amarelados, documentos e textos sagrados, os primeiros
mapas criados e um dos maiores acervos do mundo podem ser encontrados
na Biblioteca do Vaticano, conhecida como a "Biblioteca dos livros do
Papa". Localizada na cidade do Vaticano, a Biblioteca Apostólica foi
fundada pelo papa Nicolau V Parentucelli (1447-1455) no Palácio dos
Papas. No final do século 16, ela foi transferida para o Salão Sistino
pelo papa Sisto V Peretti (1585-1590).
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Atualmente, em seu acervo há mais de 180 mil volumes de manuscritos e
arquivos, 1,6 milhão de livros impressos, 8,6 mil incunábulos, 300 mil
moedas e medalhas, 150 mil gravuras e desenhos e 150 mil fotografias. No
entanto, os arquivos secretos do Vaticano foram retirados do local.
Considerada uma das mais antigas do mundo, a biblioteca começou,
recentemente, a digitalizar seu acervo para ficar disponível para
visualização on-line e totalmente gratuita.
Para apoiar a iniciativa, a associação "Digita Vaticana Onlus", em
parceria com a Biblioteca e a empresa japonesa NTT DATA, imprimiu 200
cópias do manuscrito raro "Folio" do "Virgílio do Vaticano", uma das
obras mais importantes do acervo, criado por volta de 400 d.C para
presentear os primeiros doadores que ajudassem com uma quantia de 500
euros em apoio ao projeto. "O projeto é uma das iniciativas da nossa
associação para levantar fundos para apoiar a digitalização dos
manuscritos da biblioteca, e assim dar a oportunidade para todos,
estudiosos ou não, de acessar este imenso patrimônio", afirmou Maite
Bulgari, fundador da associação "Digita Vaticana".
A Biblioteca do Vaticano é composta por um grande salão com mais de
70 metros de comprimento e 11 metros de largura e acomoda a história e
os pensamentos da humanidade através da arte, literatura, matemática,
ciência, direito e medicina, do início da era Cristã até os dias atuais,
em diversos idiomas. "Obras que foram transcritas através do trabalho
dos escribas, os monges que passaram boa parte de suas vidas copiando os
exemplares. E agora, com a digitalização é possível voltar ao passado.
Essa é a a versão moderna dos copiadores antigos", afirmou Irmgard
Shuler, responsável pelo laboratório que digitaliza os arquivos.
Antes de serem escaneados, os volumes passam por outro laboratório,
conhecido como a "clínica" dos livros do Papa, onde é feito um restauro.
"O inimigo número um dos livros antigos? Na minha opinião, é o homem",
ressaltou Angela Nunez, líder do departamento, que indicou que às vezes
os livros se deterioram ao longo dos anos por problemas de umidade e
insetos. A previsão é de que a digitalização de todo o acervo da
Biblioteca do Vaticano aconteça em até 18 anos.
(ANSA)
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