Pinto nasce com quatro patas em granja de município do Estado do Acre
O
dono de uma granja no município de Mâncio Lima, no interior do Acre,
foi surpreendido no último dia 14 de março com o nascimento de um pinto
com quatro patas. Dienes Lima, que também é professor da Universidade
Federal do Acre (Ufac), mantém a granja há 8 anos com a criação de
galinhas caipiras, codornas e patos.
“No momento do nascimento, imaginei que ele fosse morrer, pois sempre
que um animal nasce com alguma anomalia morre horas depois do
nascimento. Coloquei na chocadeira 90 ovos e nasceram 78 pintos, todos
normais, menos este. Os outros irmãozinhos dele, já vendi, todos
nasceram em perfeitas condições físicas”, comenta.
Lima diz que foi orientado a sacrificar a ave, mas o animal, que está
com 9 dias de vida, se alimenta bem e anda sem dificuldade. Ele garante
que vai cuidar do pinto e ele será o mascote da granja.
“Não vou fazer isso. Se ele nasceu, vou cuidar, zelar para que ele
cresça e seja o mascote de nossa granja”, afirma ele, que há dois anos
iniciou, na granja, o processo de incubação artificial.
“Trabalhamos com codornas e sabemos que a consanguinidade é um fator de
risco. E nas codornas, onde cruzamos pais com filhos, isso nunca
aconteceu”, pondera.
O veterinário do Instituto Desenvolvimento Agroflorestal do Acre (Idaf),
Luiz Leite, acredita que consanguinidade pode ter provocado a anomalia.
“Pode se tratar de uma questão de consanguinidade, que é um fato comum
aqui na região. Membros com parentesco muito próximos, que se
reproduzem, podem promover esses eventos de malformação e anomalias”,
explica Leite.
No entanto, o nascimento do pintinho com quatro patas também foi uma
surpresa para ele. “São fatos raríssimos que se manifestam na genética.
Só com o passar do tempo que se pode observar o que vai acontecer. Esta é
a primeira vez que vejo esse tipo de anomalia em aves. Já tinha visto
com duas cabeças, em outros tipos de animais. Mas aves com membros
supranumerários é a primeira vez que vejo e não sei que chegará a idade
adulta”, finaliza.
G1 - Foto: Adelcimar Carvalho/G1
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