Lula diz, em Monteiro, que tirou Transposição do papel e que obra tem 'pai e mãe'
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em passagem por Monteiro, no
Cariri paraibano, lembrou de quando, na infância, teve que deixar o
Nordeste em direção a Região Sul do país. Lula comentou o sofrimento de
retirantes que foram obrigados, de acordo com o ex-presidente, a deixar
suas terras devido a seca, mas destacou que com a chegada da
Transposição o povo nordestino não precisará deixar a região.
Lula criticou o fato de vários presidentes virem ao Nordeste prometendo
iniciar a obra, mas que nunca, de acordo com o petista, tiveram a
coragem de realizá-la. "Depois de Dom Pedro II, todos os presidente
prometeram trazer para o Nordeste as águas do São Francisco e essa
conversa nunca saiu do papel", pontuou.
O petista declarou que o fato de acreditar que todos os brasileiros
deveriam ter direito a água foi fundamental para que ele tirasse o
projeto da Transposição do São Francisco do papel e iniciasse as obras.
"Eu sabia que o povo do Nordeste tinha que ter direito a uma coisa
elementar: a água."
Lula lembrou que foi durante o seu governo, que segundo ele, o Brasil
começou a crescer e a população mais pobre teve acesso à melhoria da
qualidade de vida. "Esse país teve um crescimento extraordinário. pela
primeira vez, o povo pobre começou a ter esperança", afirmou o
ex-presidente.
A polêmica em torno da 'paternidade da obra' também foi abordada pelo
petista. Ele criticou o uso político da obra. "Temos orgulho de dizer
que nós somos pais, mães, irmãos, tios e sobrinhos da Transposição".
Lula alertou a população para continuar cobrando pela conclusão de toda a
obra da Transposição e ressaltou a importância do Eixo Norte. "Esse
projeto tem uma visão social, por isso é importante que fiquemos alerta,
pois o Eixo Norte está parado desde que Dilma foi 'golpeada' e tirada
da presidência", denunciou Lula.
Sobre o texto apresentado para Reforma da Previdência, o ex-presidente
disse que durante a sua gestão a previdência era superavitária e a
solução, segundo o petista, era simples. "Nós geramos 22 mil empregos,
aumentamos todos os anos o salário mínimo, formalizamos empresas e se
eles quiserem resolver o problema da previdência só há um jeito: é gerar
emprego e dar aumento de salário. Se os diplomados que estão lá não
sabem fazer isso, me peçam um conselho, que eu sei como é que faz",
concluiu o petista.
PB Agora
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