Ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez ficará 1 ano em prisão domiciliar
Ex-presidente do Grupo Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo
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O
ex-presidente do Grupo Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo e
Flávio David Barra, ex-executivo da mesma empreiteira, tiveram a
condenação definitiva na Operação Lava Jato publicada nessa
segunda-feira (19) pela Justiça Federal. Inicialmente condenados,
respectivamente, a sete e a seis anos de prisão em regime fechado, ambos
tiveram a sentença atenuada após recurso da defesa, que cobrou a
aplicação de benefícios estabelecidos por meio do acordo de delação
premiada.
Após analisar os embargos declaratórios apresentados
pela defesa, o juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal
Criminal, decidiu fixar a pena de Otávio Azevedo em 18 anos de regime
domiciliar fechado e ao pagamento de um salário mínimo pelos crimes de
corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização
criminosa. Pelos mesmos crimes, ele sentenciou Flávio Barra a 15 anos
prisão domiciliar.
O magistrado destacou que no primeiro ano da
prisão domiciliar, ambos os condenados terão que ser monitorados por
meio de tornozeleira eletrônica. Em seguida, a pena deles progride para o
regime semiaberto diferenciado pelo prazo de dez meses. Depois deste
período, eles seguem para o regime aberto diferenciado, pelo período de
dois anos, que deverá ser cumprido juntamente com a prestação de
serviços comunitários à razão de 20 horas mensais em local a ser
definido pela Justiça.
Segundo o juiz responsável pela sentença, a defesa e o Ministério Público concordaram com as penas e não haverá novos recursos.
Em
abril deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki,
homologou o acordo de delação premiada de Otávio Azevedo e Flávio
Barra. Nos acordos, os executivos afirmaram que a Andrade Gutierrez
pagou propina em forma de doações legais para as campanhas da presidente
Dilma Rousseff em 2010 e 2014.
Otávio Azevedo já cumpria prisão
domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, desde fevereiro deste
ano, quando assinou o acordo de delação premiada e foi solto. Antes da
assinatura, o ex-presidente da empreiteira estava preso em regime
fechado no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de
Curitiba.
Procurada pelo G1, a Andrade Gutierrez disse que não vai comentar a decisão judicial.
G1
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