Minha cassação na Câmara fortalece tese de golpe contra Dilma, diz Eduardo Cunha
Futuro de Eduardo Cunha será decidido na sessão desta segunda-feira
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Ex-presidente
da Câmara que detonou o processo de impeachment de Dilma Rousseff e
réu no petrolão, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) diz que, se os colegas de
plenário cassarem seu mandato nesta segunda-feira (12), estarão
fortalecendo o discurso de que a queda da petista foi “um golpe”.
“Os
defensores do PT querem a minha cabeça para ter o troféu. O discurso do
golpe precisa da minha cassação. Isso é o que vai turbinar o PT para
2018”, afirma.
Cunha falou com a Folha na sexta
(9), a última entrevista antes da definição de seu futuro político. Na
conversa, pede que deixem seu destino nas mãos do Supremo Tribunal
Federal e reafirma que os deputados precisam “julgar sabendo que amanhã
serão julgados”.
Não quis dizer como anda a relação com Michel
Temer, mas fez análises pessimistas sobre o futuro do presidente. Diz
que ele se tornou refém do PSDB e que poderá ser dragado pela mesma
crise de representatividade que pôs fim ao mandato de Dilma. Conta que
vai escrever um livro sobre o impeachment e, mais uma vez, rejeita
discutir uma delação.
Uol
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