Desembargador nega pedido para Cavendish e Cachoeira saírem sem tornozeleira
O
desembargador Paulo Espirito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região (TRF-2), negou nesta segunda-feira pedido da defesa do bicheiro
Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para ele cumprir
a prisão domiciliar sem a tornozeleira eletrônica. Cachoeira, o ex-dono
da Delta Fernando Cavendish e outras três pessoas tiveram a prisão
preventiva decretada na Operação Saqueador convertida em domiciliar, mas
não foram para casa por conta da falta de tornozeleiras no estado do
Rio. A decisão do desembargador se estende a todos os demais presos.
Em sua decisão, Paulo Espirito Santo esclarece que o pedido deverá
ser apreciado pela 1ª Turma Especializada, em julgamento que ainda não
tem data definida. O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso
depois que o desembargador Ivan Athié converteu a prisão preventiva dos
acusados em domiciliar. Espirito Santo entendeu que não cabia a ele,
monocraticamente, reformar uma decisão de Athié.
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A defesa de Cachoeira ainda tenta mais uma cartada: pediu ao juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que o bicheiro seja liberado sem tornozeleira porque já poucos dias nasceu sua filha, Andressa.
A defesa de Cachoeira ainda tenta mais uma cartada: pediu ao juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que o bicheiro seja liberado sem tornozeleira porque já poucos dias nasceu sua filha, Andressa.
Presos em Bangu 8, Fernando Cavendish, Cláudio Abreu, Carlinhos
Cachoeira e Marcelo Abub foram submetidos às regras de identificação do
sistema penitenciário. Eles tiveram os cabelos cortados e foram
fotografados usando os uniformes de presidiários, como mostram as fotos
obtidas pelo GLOBO com exclusividade.
As defesas dos réus entraram com recursos no fim de semana no plantão
judiciário, mas eles foram negados. Diante das negativas, a defesa de
Cachoeira informou ao GLOBO que estudava comprar uma tornozeleira para
soltá-lo.
A Justiça do Rio aceitou denúncia contra Cavendish, Cachoeira, Adir
Assad e mais 20 pessoas por envolvimento num esquema de lavagem de
verbas públicas federais. O caso foi distribuído ao juiz Marcelo Bretas.
A investigação constatou que os envolvidos, “associados em
quadrilha”, usaram empresas fantasmas para transferir cerca de R$ 370
milhões, obtidos pela Delta direta ou indiretamente, por meio de crimes
praticados contra a administração pública, para o pagamento de propina a
agentes públicos.
O Globo
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