Líderes ignoram Waldir Maranhão e antecipam eleição da Câmara para a próxima terça-feira
Em decisão lida no plenário da Câmara, mais cedo nesta quinta, Waldir Maranhãomarcou para quinta-feira (14)
a escolha do novo presidente da Casa. Enquanto os líderes estavam
reunidos, Maranhão estava em casa, segundo informou sua assessoria de
imprensa.
Nesta quinta, Cunha foi à Câmara dos Deputados entregar
sua carta de renúncia à Secretaria-Geral da Mesa. Com a decisão, a Casa
tem o prazo de cinco sessões de plenário para realizar uma nova eleição.
O
regimento interno da Câmara permite que o colégio de líderes da Câmara
convoque sessões extraordinárias para, inclusive, realizar eleições para
a presidência da Câmara. Para a votação ter início é necessária a
presença de, pelo menos, 257 deputados.
Maranhão decidiu utilizar o
prazo máximo e marcar a eleição para quinta-feira, dia em que está
marcado o início do recesso “branco”, quando sessões deliberativas não
serão mais convocadas e a presença em plenário não é obrigatória.
No entanto, aliados do presidente em exercício, Michel Temer,
queriam maior celeridade na escolha do substituto de Cunha e
pressionaram para que a sessão de eleição fosse antecipada para terça.
O líder do PSD, Rogério Rosso
(PSD-DF), queria que o pleito fosse realizado já na segunda-feira (11).
Já o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), defendia que a
eleição acontecesse na quarta (13).
Com a antecipação da eleição,
os candidatos para a presidência da Câmara terão até as 12h de terça
para formalizarem as candidaturas. Até o momento há, ao menos, oito potenciais candidatos, sendo sete de partidos aliados, o que pode gerar um racha na base do governo.
Comissão de Constituição e Justiça
Com a antecipação da eleição, o pleito vai acontecer no mesmo dia em
que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) tem reunião marcada para
votar o parecer de um recurso de Cunha. O parecer do deputado Ronaldo
Fonseca (PROS-DF) recomenda que seja realizada uma nova votação processo
que pede a cassação de Cunha no Conselho de Ética.
A sessão
estava marcada para segunda-feira, mas foi adiada para terça pelo
presidente do colegiado, Osmar Serraglio (PR-RS). Com a eleição para a
presidência da Câmara marcada para o mesmo dia, a votação do parecer na
CCJ poderá ser inviabilizada, uma vez que quando há votações no plenário
principal da Casa todas as outras comissões não podem fazer
deliberações.
G1
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