Quadrilha usou até munição antiaérea durante mega-assalto em São Paulo
Pregos
para conter a aproximação de viaturas da Polícia Militar (PM) e fuzis
capazes de derrubar aviões de guerra foram usados durante o mega-assalto
a uma empresa de segurança e transporte de valores em Ribeirão Preto
(SP), nesta terça-feira (5).
A ação na Avenida da Saudade
continuou pelo bairro Campos Elíseos e trocas de tiros foram registradas
em diversas partes da zona norte, onde os policiais faziam
patrulhamento. O tiroteio durou cerca de 40 minutos. Na fuga pela
Rodovia Anhanguera, os suspeitos atiraram e mataram um policial militar.
A
Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre o crime e a Polícia Militar
ainda faz diligências para ajudar na apuração do caso. Ninguém foi
preso até a tarde desta terça-feira.
Em nota, a empresa Prosegur,
alvo dos assaltantes, informou que nenhum funcionário foi ferido no
assalto “e que está à disposição das autoridades e colaborando para o
andamento das investigações”. Ainda não há informações sobre o que foi
roubado pelos suspeitos.
Segundo os moradores do bairro Campos
Elíseos, pelo menos 20 homens participaram da ação e chegaram ao local
por volta das 4h30 em dez veículos. Vídeo gravado por vizinhos registrou
o tiroteio dos assaltantes e o momento da explosão da empresa.
De
acordo com as primeiras informações dos policiais, o grupo estava
fortemente armado. “Eram diversos calibres, desde pistolas até fuzis
556, 762, ponto 50, que é munição antiaérea, então eles estavam bem
equipados”, disse o tenente Tiago Pedroso.
Além do armamento de
guerra, eles usaram explosivos para entrar no prédio da empresa de
valores. “Ainda não temos informação de que tipo, mas usaram explosivos,
granada não”, comentou o policial.
Ainda segundo Pedroso, os
assaltantes usaram grampos e pregos para conter a aproximação de
viaturas da polícia acionadas para conter a ação dos assaltantes.
“Colocaram
diversos pregos para quando a viatura chegasse furassem os pneus,
carros da imprensa ficaram danificados, mas viaturas não”, disse.
Policiais e moradores do bairro encheram baldes com a munição e os pregos usados pela quadrilha. O material será periciado.
Os
suspeitos também atiraram contra dois transformadores de energia na Rua
Basílio Gama, o que deixou 2.245 imóveis sem eletricidade, segundo a
CPFL Paulista. A empresa informou que às 7h desta terça-feira, 80% do
serviço já haviam sido restabelecidos.
A quadrilha fugiu pela
Anhanguera e atirou contra dois policiais que faziam patrulhamento pela
via, por volta de 5h. Segundo a Polícia Rodoviária, os agentes
estacionaram no acostamento, desceram do veículo e deitaram no asfalto,
na tentativa de se proteger.
Um deles, de 43 anos, acabou sendo
atingido. Ele foi socorrido pela concessionária que administra o trecho,
mas não resistiu ao ferimento. O segundo policial não se feriu.
O
Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) de São Paulo foi chamado para
retirar um explosivo que foi deixado pelo grupo dentro do prédio da
Prosegur.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário