A eleição na Câmara dos deputados e a falência da ex presidente Dilma Housseff
Eduardo Cunha e Dilma Rousseff, os dois grandes derrotados na Câmara Federal |
Por Heron Cid
Dois
grandes perdedores de saldo: Eduardo Cunha e Dilma Rousseff. Eis o
extrato da eleição para presidência da Câmara Federal, ontem.
Cunha
viu o candidato de sua simpatia, Rogério Rosso (PSD), naufragar no
segundo turno, e assistir um democrata, partido que trabalha pela sua
cassação, triunfar na cadeira que um dia foi soberanamente sua.
A
sorte de Cunha tende a minguar daqui pra frente, quando a CCJ deve
derrubar seu recurso, para logo após dispor sua pele já calejada a um
plenário ávido por sepultá-lo, sem direito a velório.
O saldo do
embate de ontem também expõe com clareza solar a falência completa do
que restou da base da presidente afastada. Nenhum dos seus candidatos,
até o peemedebista Marcelo Castro, chegou perto do segundo turno.
Dividido,
o exército atabalhoado de Dilma precisou no segundo turno ter que
escolher entre Rosso e Rodrigo Maia, dois eleitores do impeachment, e se
viu obrigado baixar a guarda, se adaptar aos novos tempos e votar num
deputado do DEM.
Exatamente o que ela, horas antes, rogou: “A Câmara precisa ter um presidente que votou contra o impeachment”. Baque total.
O
resultado distancia a presidente afastada da cena, faz o governo Michel
Temer se impor com sobeja maioria na Casa e consolidar uma base
política de fazer inveja ao ex-presidente Lula em seus tempos de glória e
profícua articulação política.
A cada novo lance, a realidade joga Dilma cada vez mais para fora do campo.
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