Decretada prisão temporária de suspeito de matar a adolescente Rebeca
O
promotor do 1º Tribunal do Juri de João Pessoa, Marcus Leite, informou
que o padrasto da adolescente Rebeca, o cabo da Polícia Militar, Edvaldo
Soares, teve a prisão temporária decretada. A prisão ocorreu na manhã
desta sexta-feira (22), em João Pessoa. A adolescente foi assassinada há
cinco anos na Capital.
O promotor Marcus Leite, que assumiu o caso desde o dia 1º de março
deste ano, requereu a prisão temporária, em harmonia com o delegado
Glauber Pontes. Ele havia determinado a realização de algumas
diligências, das quais foram levantadas fundadas suspeitas sobre a
participação do padastro no caso Rebeca.
“Identificamos que o padastro vinha obscurecendo as investigações, eis
que, sendo um dos principais suspeitos já deveria ter fornecido outros
elementos para a elucidação do crime, e até mesmo, apontar a
participação de terceira pessoa. Acreditamos que ele não cometeu os
crimes sozinho, se autor intelectual ou material, ele foi auxiliado. E
isso é motivo, segundo a lei, para decretação de prisão temporária”,
disse o promotor.
Ainda segundo o promotor, se chegou ao desfecho que o padrasto tem
envolvimento direto no crime. “Há várias contradições, como álibis do
padrasto que se não se confirmaram, aliado ao seu perfil voltado para
crimes de natureza sexual, fundamentando ainda mais o decreto da prisão
temporária, objetivando o aprimoramento das investigações”, disse o
promotor.
O promotor informou ainda que, nesta quinta-feira (21), o juiz exercício
do 1º Tribunal do Juri, Antônio Majora deferiu a propositura
ministerial e representação policial, decretando a prisão temporária do
padrasto por 30 dias. “E hoje foi cumprido o mandado de prisão do
suspeito que, após 30 dias, de acordo com a lei, se não atingir a
finalidade prevista, a medida cautelar constritiva pode ser prorrogada
por igual período, sendo, ao final, avaliado todo o contexto probatório
objetivando o oferecimento da denúncia”, finalizou.
O caso
Rebeca Cristina, de 15 anos, foi estuprada e assassinada em 11 de julho
de 2011, no trajeto entre a casa da família e o Colégio da Polícia
Militar, em Mangabeira VIII, Zona Sul de João Pessoa. O corpo da
estudante foi encontrado com diversos tiros em um matagal na Praia de
Jacarapé, Litoral Sul da Paraíba, na tarde do mesmo dia do crime.
PB Agora
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