Advogado de Macarrão é encontrado morto em emboscada em Minas Gerais
O
advogado que foi encontrado morto nesta quinta-feira (30), no Bairro
Recanto, em Pará de Minas, era quem fazia a defesa de Luiz Henrique
Ferreira Romão, o Macarrão, um dos principais envolvidos no
desaparecimento e na morte de Eliza Samúdio. Arthur Wallace Barbosa
Vieira, 46 anos, foi atingido por vários tiros de arma de fogo.
A
Polícia Civil informou que investiga o caso e até o momento não há
suspeitos do crime. Desde o dia três de junho Macarrão cumpre pena no
regime semiaberto no Presídio Pio Canedo, no município do Centro-Oeste
de MG.
De acordo com Polícia Militar (PM), que atendeu a
ocorrência por volta das 15h40, o advogado Arthur Wallace foi encontrado
caído no chão ao lado da moto que usava, na Rua José Correa Amorim.
Testemunhas disseram que dois homens foram vistos correndo próximo ao
local dos disparos, em seguida entraram em um veículo prata e fugiram.
A
PM fez rastreamento e não localizou nenhum suspeito. A perícia
constatou um tiro na cabeça, outro entre o ombro e o peitoral, dois nos
braços e dois nas axilas. Ainda de acordo com investigações da Polícia
Civil, o advogado foi até o Bairro Recanto após receber um áudio em um
aplicativo de telefone solicitando que ele fosse até o local. Ele
possivelmente trataria sobre algum serviço prestado ou receberia algum
pagamento, como informou o delegado responsável pelo caso, Francis Diniz
Guerra.
Advogado do Macarrão
Arthur Wallace
Barbosa Vieira passou a atuar na defesa de Macarrão depois que ele foi
transferido para o Presídio Pio Canedo, pela Secretaria de Estado de
Defesa Social (Seds), no dia 3 de junho. Ele estava na Penitenciária
Nelson Hungria, em Contagem, mas o complexo não aceita o regime
semiaberto, por isso a defesa do preso pediu a transferência para Pará
de Minas.
Wasley César de Vasconcelos, advogado nomeado para defesa de Macarrão, foi quem pediu apoio de Arthur no caso. “Eu sou de Belo Horizonte e a execução do processo foi transferida para Pará de Minas. Quando isso ocorreu eu mesmo pedi a ele que ficasse do meu lado na execução penal. Ou seja, estávamos trabalhando juntos. Ressalto que foi uma execução covarde e fria. Arthur era um advogado sem nenhuma mancha na vida pessoal ou profissional”, destacou.
Wasley César de Vasconcelos, advogado nomeado para defesa de Macarrão, foi quem pediu apoio de Arthur no caso. “Eu sou de Belo Horizonte e a execução do processo foi transferida para Pará de Minas. Quando isso ocorreu eu mesmo pedi a ele que ficasse do meu lado na execução penal. Ou seja, estávamos trabalhando juntos. Ressalto que foi uma execução covarde e fria. Arthur era um advogado sem nenhuma mancha na vida pessoal ou profissional”, destacou.
Transferência de Macarrão
Macarrão ganhou o benefício da Justiça no dia 1º de junho. Na ocasião o
advogado dele, Wasley César de Vasconcelos pediu a transferência à
Justiça para que o cliente pudesse ficar mais perto de parentes que
moram em Pará de Minas. Ele tentou fazer com que Macarrão saísse da
prisão todas as tardes para trabalhar.
Para deixar a prisão durante o dia e retornar à noite, o preso precisa de um trabalho. Segundo o TJMG, o juiz da Vara de Execuções Criminais, Pedro Câmara Raposo Lopes, ainda vai analisar se o detento tem algum pedido de trabalho e se o emprego é compatível com as regras do presídio.
Para deixar a prisão durante o dia e retornar à noite, o preso precisa de um trabalho. Segundo o TJMG, o juiz da Vara de Execuções Criminais, Pedro Câmara Raposo Lopes, ainda vai analisar se o detento tem algum pedido de trabalho e se o emprego é compatível com as regras do presídio.
De
acordo com Wasley César de Vasconcelos, Macarrão já tem emprego
garantido. “Vai trabalhar como vendedor externo em uma empresa, fazendo
promoção de produtos em um supermercado em Pará de Minas. Estou
aguardando uma declaração da empresa, que tem a vaga dele assegurada. Se
o juiz não aprovar que ele trabalhe onde quiser, eu vou recorrer com
habeas-corpus, porque o exercício do trabalho é uma liberdade da
pessoa”, argumentou.
O TJMG informou ainda que os autos do
processo já foram transferidos de Contagem para Pará de Minas e que
Macarrão poderá deixar o presídio durante o dia, desde que comprove ter
conseguido um emprego no período da tarde e retorne à prisão durante a
noite. Ainda segundo o TJMG, o presídio em Pará de Minas só oferece
opções de emprego ligadas a obras públicas ou que pertençam a empresas
parceiras do complexo prisional.
Caso Eliza Samudio
Eliza desapareceu em 2010 e o corpo dela nunca foi encontrado. Ela
tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem
foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não
reconhecia a paternidade.
Em março de 2013, Bruno foi
considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e
cárcere privado da jovem. Ele foi sentenciado a 22 anos e três meses de
prisão pela morte e ocultação do cadáver de Eliza, além do sequestro do
filho da jovem.
A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi
julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença.
Macarrão e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam
sido condenados em novembro de 2012.
O ex-policial Marcos
Aparecido dos Santos foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do
caso foi realizado em agosto de 2013 e condenou Elenilson da Silva e
Wemerson Marques, o Coxinha, por sequestro e cárcere privado do filho de
Eliza Samudio com Bruno. Elenilson foi condenado a 3 anos em regime
aberto e Wemerson a dois anos e meio também em regime aberto.
G1
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