Ao menos 20 reféns foram mortos durante ataque a café de Bangladesh
O ataque a um café em Daca, capital de Bangladesh,
deixou 26 mortos, informou o Exército neste sábado (2). As vítimas
fatais são seis terroristas e 20 reféns. Não estão somadas as mortes de
dois policiais que ocorreram no início da operação, na sexta-feira (1º).
A maior parte dos reféns mortos é composta por estrangeiros, entre eles italianos e japoneses.
O
diretor da operação militar, general Nayeem Ashfaq Chowdhury, afirmou
que os reféns foram “executados” em sua maioria com armas afiadas,
provavelmente facões.
Entre os reféns resgatados
estariam: um japonês, dois cidadãos do Sri Lanka e dez bengalis. Uma
tropa de elite libertou o grupo, após um drama de 12 horas.
“Abatemos
seis terroristas. A área foi liberada”, disse o comandante do Batalhão
de Ação Rápida, Tuhin Mohammad Massud, que liderou o assalto ao
restaurante.
A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina,
confirmou as mortes de seis dos insurgentes e também a prisão de um
integrante do grupo. Não há informações sobre o homem preso.
O porta-voz do Exército, coronel Rashidul Hassan, confirmou que a operação terminou e a situação está sob controle.
Segundo
um oficial da polícia, cerca de dez homens haviam invadido o
restaurante, às 21h20 local (12h20, horário de Brasília) de sexta, aos
gritos de “Allahu Akbar” (“Alá é grande”).
O ataque ao restaurante
foi reivindicado pelo grupo jihadista EI, que informou “mais de 20
mortos, de diferentes nacionalidades”, segundo um comunicado da agência
de notícias Amaq, ligada à organização.
Após mais de dez horas de
impasse, as forças especiais decidiram lançar o assalto para libertar os
reféns. Essa ação durou quase duas horas.
O restaurante era frequentado por diplomatas e empresários estrangeiros que vivem em Bangladesh.
O embaixador italiano, Mario Palma, disse que os sequestradores não tinham o “desejo de negociar” e estavam em “missão suicida”.
De
acordo com a rede de televisão Ekattur, 40 pessoas foram tomadas como
reféns, a metade estrangeiros. Já Sumon Reza, um dos gerentes do
estabelecimento que conseguiu escapar pelo telhado para uma loja
vizinha, relatou que os invasores fizeram cerca de 20 reféns.
No
momento do ataque dos sequestradores, dois policiais foram mortos, ao
que parece atingidos por balas ou estilhaços de granadas”, segundo o
comissário de polícia Sheik Nazmul Alam.
Diego Rossini, um chef
argentino que trabalha no restaurante, contou que os sequestradores
“entraram carregando explosivos e granadas”. “Foi um massacre, chegaram
atirando”. Ele escapou pelo terraço do restaurante, com um grupo de
pessoas, após um agressor atirar contra ele “e não acertar”.
Bangladesh
vem sofrendo uma onda de assassinatos dos defensores da laicidade, de
intelectuais e de integrantes das minorias religiosas. Esses ataques têm
sido atribuídos a grupos extremistas. Foram mais de 50 mortes em três
anos.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário