Presidente do TJPB gastou com luxo em reforma de gabinete, acusa entidade
A Astaj disse que só conseguiu ter acesso
aos dados oficias sobre a reforma após ter ingressado no Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) para ter acesso ao processo administrativo.
“Enquanto
impõe severas dificuldades para pagar direitos dos servidores, tais
como, das progressões e promoções, entre outros, o desembargador não
poupa recursos públicos para tornar seu gabinete, entre os 19 gabinetes
de desembargadores, o mais luxuoso”, afirmou o presidente da Astaj,
Camilo Sousa Amaral.
Ainda segundo a Astaj, “o luxo e a
suntuosidade são marcas registradas que caracterizam a reforma”. “Foram
adquiridos produtos e utensílios refinados e de valores elevados. De
acordo com levantamento, a aquisição e instalação da bacia sanitária com
caixa acoplada para o toilet particular do desembargador, acompanhada
de assento sanitário, por exemplo, custaram aos cofres públicos R$
5.863,00. A aquisição e instalação de cuba de vidro redonda para lavabo,
também para uso no toilet, custou R$ 2.450,56 e uma janela comprada por
R$ 24 mil, para ficar na parte interna do gabinete, entre outras
peças”, denuncia.
“Embora o poder público tenha uma estrutura
diferenciada do setor privado, não há como não se cobrar eficiência e
eficácia dos gestores públicos. Não se pode, à luz dos princípios que
regem a Administração Pública, gerir seus recursos de maneira
completamente destoante da grave crise econômica que assola a sociedade
brasileira”, é o que também afirma o diretor de finanças da ASTAJ-PB,
José Ivonaldo Batista.
Para Ivonaldo e Camilo, “a reforma ocorre
em uma repartição pública e, como tal, não pode ser instrumento para a
satisfação pessoal do gestor. O correto seria priorizar iniciativas com
vistas a melhoria das condições de trabalho e funcionamento dos fóruns
no Estado e não a de um gabinete de desembargador em particular”.
“A
sociedade paraibana anseia por uma justiça mais célere e eficiente, que
aplique com racionalidade e bom senso os recursos financeiros que
dispõe. Não é o que temos hoje no TJPB”, concluem os dois líderes da
entidade.
O Outro Lado
A reportagem do Portal MaisPB entrou
em contato com a assessoria de imprensa do Tribunal para dar a sua
versão sobre a denúncia e foi informado que no período da tarde a
diretoria administrativa do órgão vai emitir nota sobre o caso.
MaisPB
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