MANIFESTAÇÕES TESTAM PESO DAS RUAS NA PRESSÃO PELA SAÍDA DE DILMA
Publicado por:
Gutemberg Cardoso
Atos previstos para este domingo em todo o Brasil deverão ser determinantes para a era petista no governo federal
Um ano após a primeira grande manifestação contra a segunda gestão da
presidente Dilma Rousseff, milhares de brasileiros prometem voltar
neste domingo, 13, às ruas para pedir o fim da era petista no Palácio do
Planalto, iniciada em janeiro de 2003 com a posse de Luiz Inácio Lula
da Silva, que também será um dos alvos dos protestos
Desde março do ano passado, a presença dos grupos antipetistas e
antigovernistas nas ruas têm mantido sob pressão a presidente, o
Congresso Nacional, o Judiciário, o Ministério Público e os partidos
políticos, além de obrigar as forças favoráveis a Dilma e ao PT a
defendê-la em manifestações pró-governo
Um ano após primeira grande manifestação (foto) contra a segunda
gestão da presidente Dilma, milhares de brasileiros prometem voltar às
ruas neste domingo
Desta vez, no entanto, o termômetro do afastamento indica um quadro
crítico para a presidente também na esfera da política. O PMDB dá fortes
sinais de que pode abandonar a coalização governista e a oposição,
titubeante em março de 2015, aderiu de vez à campanha pela queda da
petista e neste domingo promete engrossar os protestos nas ruas, ainda
que dividida entre a pertinência do afastamento via impeachment no
Congresso e a cassação do mandato de Dilma pela Justiça Eleitoral, o que
obrigaria a realização de novas eleições. “Com Michel Temer seria
mantido o mesmo esquema de poder”, diz o tucano Xico Graziano, do
Instituto FHC.
Outro aspecto importante das manifestações deste domingo é o impacto
que elas terão no futuro de Lula, investigado pela Lava Jato. O
ex-presidente trava uma intensa luta na opinião pública contra a
força-tarefa da operação e o Ministério Público de São Paulo. Ele
aguarda o desfecho deste dia para decidir se aceita ou não um cargo no
Ministério de Dilma.
“Após lenha na fogueira, Lula sai fortalecido”, diz Celso Marcondes,
do instituto mantido pelo ex-presidente petista. Por tudo isso e pelos
temores de conflitos de grupos pró e antigoverno, o saldo desta nova
rodada de protestos deverá ser determinante para o futuro de Dilma e da
era petista no Planalto.
Fonte: Estadão
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