Festa litúrgica de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, um dogma de fé, celebrada em 08 de janeiro
A festa litúrgica da Imaculada Conceição, celebrada em 08 de dezembro, foi oficialmente introduzida no calendário romano pelo Papa Sisto IV, em 1477, e se tornou ao longo dos séculos uma das mais comemoradas solenidades marianas.
Origens
A festa litúrgica que celebramos,
hoje, exalta uma das grandes maravilhas da história de nossa salvação: a
Imaculada Conceição de Maria. Durante toda a sua vida terrena, Maria
foi livre da mancha do pecado. Essa verdade, reconhecida pela Igreja de
Cristo, é muito antiga. “Entrando, o anjo disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo’”
(Lucas 1,28). Muitos padres e doutores da Igreja Oriental, ao exaltarem
a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de
graça, lírio da inocência, mais pura do que os anjos.
A Repulsa
A Igreja Ocidental, que sempre
amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação
do mistério da Imaculada Conceição. Não por repulsa a Nossa Senhora, mas
para conservar a doutrina da redenção operada por Cristo em favor de
todos.
A Comprovação Teológica
Em 1304, o Papa Bento XI reuniu,
na Universidade de Paris, uma assembleia dos doutores mais eminentes em
Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada
Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a
dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus
preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era
destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de
Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os
frutos da redenção de Cristo.
Da repulsa da doutrina da Imaculada Conceição de Maria ao Calendário Romano
O Calendário Romano
Rapidamente, a doutrina da
Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant’Ana, foi
introduzida no calendário romano. José de Anchieta foi o apóstolo que
propagou essa doutrina no Brasil. Desde o início de sua colonização,
dedicou igrejas a esse ministério.
A Medalha
A própria Virgem Maria apareceu,
em 1830, a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha
com a oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que
recorremos a vós”. Esta medalha, anunciada em todo o mundo, possibilitou
a devoção a Maria Imaculada, induzindo os bispos a solicitarem ao Papa a
definição do dogma, que já era vivenciado entre os cristãos.
O Dogma
Sendo assim, no dia 08 de dezembro
de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja
oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria isenta
do pecado original”.
A Confirmação
A própria Virgem Maria, na sua
aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do
povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: “Eu sou a Imaculada
Conceição”.
Outros santos e beatos celebrados em 08 de dezembro
- Alexandria, no Egipto, a comemoração de São Macário, mártir. († 250)
- Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, o sepultamento de Santo Eutiquiano, papa. († 283)
- Em Tréveris, na Gália Bélgica, na atual Alemanha, Santo Eucário, considerado o primeiro bispo desta cidade. († s. III)
- Comemoração de São Patápio, solitário, que, oriundo da Tebaida. († s. V/VI)
- Nos montes Vosgos, na Borgonha, atualmente na França, São Romarico, abade. († 653)
- Em Vaux-de-Cernay, na região de Paris, São Teobaldo de Marliaco, abade da Ordem Cisterciense. († 1247)
- Em Kumamoto, cidade do Japão, o Beato João Minami Gorozaemon, pai de família e mártir. († 1603)
- No Ontário, província do Canadá, a paixão de São Natal Chabanel, presbítero da Companhia de Jesus e mártir. († 1649)
- Em Lima, no Peru, Santa Narcisa de Jesus Martillo Moran, virgem. († 1869)
- Em Picadero de la Paterna, localidade da província de Valência, na Espanha, o Beato José Maria Zabal Blasco, mártir. († 1936)
- No campo de concentração de Dachau, perto de Munique da Baviera, região da Alemanha, o Beato Luís Liguda, presbítero da Sociedade do Verbo Divino e mártir. († 1942)
Fonte:
- Livro ‘O Santo do dia’ – Dom Servilio Conti, I.M.C.
- Martirológio Romano
– Produção e edição: Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

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