Estados Unidos enviam maior porta-aviões do mundo ao mar do Caribe e ampliam tensão na região
O Pentágono diz que operação visa combater o narcotráfico; Trump fala em possíveis ataques em solo venezuelano
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| Travessia do USS Gerald R. Ford pelo Estreito de Gilbratar no início de outubro, junto de navios espanhóis e marroquinos - Facebook/USS Gerald R. Gord |
Os Estados Unidos ordenaram o envio do porta-aviões USS Gerald R. Ford
para o mar do Caribe, em uma das maiores demonstrações de força militar
na região nas últimas décadas, segundo o Pentágono. A Casa Branca diz
que a operação tem como objetivo desmantelar redes transnacionais de
narcotráfico e combater o chamado “narcoterrorismo”.
O grupo de ataque do Gerald R. Ford inclui navios de guerra acompanhantes, aeronaves de caça e plataformas de vigilância, capacidade que — de acordo com militares americanos — amplia o alcance das ações de monitoramento e ataque na região.
O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, afirmou que a movimentação segue diretrizes presidenciais para enfrentar “atores ilícitos” que ameaçam a segurança no hemisfério ocidental.
Não se sabe até que ponto o Pentágono está disposto a ir em sua ofensiva na América Latina. A CNN ouviu fontes que afirmam haver pressão de autoridades do governo sobre o presidente Donald Trump por uma mudança de regime, e que a campanha antidrogas pode levar à deposição de Nicolás Maduro.
Publicamente, Trump já fala em ataques dentro da própria Venezuela, afirmando que não precisa de autorização do Congresso para isso. Na última sexta-feira (24), os Estados Unidos anunciaram o décimo ataque a uma embarcação no mar do Caribe, matando seis pessoas que estavam a bordo. O secretário de Guerra, Pete Hegseth, fez um alerta nas redes sociais: “Se você é um narcoterrorista contrabandeando drogas em nosso hemisfério, nós o trataremos como tratamos a Al-Qaeda. Dia ou noite, mapearemos suas redes, rastrearemos seus homens, caçaremos você e o mataremos.”
Também na sexta-feira (24), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, a esposa e o filho foram alvo de sanções econômicas pelo Departamento do Tesouro — na mesma lista em que figuram líderes como Nicolás Maduro e Vladimir Putin.
Cidadãos e empresas dos Estados Unidos estão proibidos de realizar qualquer tipo de transação financeira ou comercial com os sancionados. Trump acusa Petro de estar envolvido com o narcotráfico e de permitir o fluxo de drogas aos Estados Unidos. Petro chamou Trump de “rude e ignorante” nas redes sociais.

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