COPA DO BRASIL: Falha individual pune o Flamengo na vitória de um Galo obcecado na marcação na noite de ontem, 31, no Maracanã
Coube a Léo Pereira cometê-lo infantilmente ao cruzar a bola na frente da área numa tentativa de sair jogando bonito com Léo Ortiz. O incansável Cuello conseguiu o que Cuca tanto desejava. Interceptou o passe e balançou a rede do goleiro Rossi. A saída de bola dos três é qualificada, mas a bola pune a prepotência e a displicência.
Tão elogiados por decidirem jogos, inclusive um contra o Galo, os dois Léos vacilaram. Ortiz parece ter alargado o campo sem notar a presença de Cuello. Pereira passou a bola fraquinho ao companheiro. Por sinal, Léo Pereira é outra vez vilão em derrota de Filipe Luís. Assim como o Bayern de Munique de Vincent Kompany nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, Cuca induziu o adversário ao erro.
Filipe Luis acertou ao poupar peças importantes como Jorginho, Arrascaeta e Bruno Henrique. Os dois zagueiros também mereciam descanso, mas o técnico não os poupou por dois motivos: Danilo está lesionado. Ele não confiou em João Victor e Cleiton. Além disso, não quis abrir mão da saída de bola dos Léos com Rossi. O pecado capital da avareza foi castigado em um lance envolvendo justamente os três jogadores.
Parece fácil julgar Filipe Luís pela decisão. Há uma diferença. O Flamengo não teve pausa no meio do ano. Enquanto o Galo repousava, o adversário disputava cinco jogos em alta rotação contra Esperance, Chelsea, Los Angeles e o Bayern de Munique na Copa do Mundo.
O Flamengo tem elenco para ganhar tudo no segundo semestre? Sim! Ainda é possível? Elenco não falta e três reforços deram amostra grátis de que é possível superar o adversário na Arena MRV e avançar. Emerson Royal entrou no lugar de Varela e acertou o travessão. Samuel Lino substituiu Matheus Gonçalves. Arrastou a defesa do Atlético pelo menos três vezes, quase marcou em um chute cruzado e balançou a rede em impedimento no fim do confronto. O meia Saúl acessou o lugar de Plata e deu lançamento belíssimo em diagonal por trás da defesa.
Achei o repertório do Atletico pobre nos dois duelos. A marcação individual, sim, fez a diferença. Pouco para quem tem potencial para ser mais agressivo. Provavelmente, a variação mais agressiva ficou guardada para a partida de volta, em casa, com mais entrosamento e minutos para Aleksander, Biel, Dudu e outras opções recém-chegadas ao clube.
Correio Braziliense
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