Polícia Federal ouve Bolsonaro nesta quinta-feira em inquérito contra Eduardo, em inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal após pedido da Procuradoria-Geral da República
A Polícia Federal (PF) ouviu nesta quinta-feira (05) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no âmbito do inquérito que investiga a atuação de seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O depoimento estava marcado para começar às 15h.
O inquérito foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Os policiais apuram a conduta do parlamentar licenciado junto ao governo dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.
Além de depor na PF no caso envolvendo o filho, o ex-presidente ainda vai prestar depoimento na semana que vem no Supremo, no âmbito da ação penal em que é réu, que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A abertura do inquérito ocorreu após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). No documento, o órgão aponta que, desde o ano passado, Eduardo tem "reiteradamente e publicamente afirmando que está se dedicando a conseguir do governo dos Estados Unidos a imposição de sanções contra integrantes do Supremo Tribunal Federal".
A PGR também pediu que o ex-presidente fosse ouvido na investigação. Além do depoimento, Moraes autorizou o monitoramento das redes sociais do parlamentar e a solicitação de informações ao governo dos Estados Unidos.
Ainda segundo o magistrado, Bolsonaro é o "responsável financeiro" de Eduardo e por isso deveria ser ouvido.
O ministro ainda determinou que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informe quais autoridades diplomáticas dos EUA poderiam ser ouvidas sobre a atuação do parlamentar no país estrangeiro.
Autor também de uma representação criminal sobre o mesmo tema, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), foi ouvido pela PF na segunda-feira (02). “Foi um depoimento longo, mas muito proveitoso. As declarações de Eduardo Bolsonaro, ele se autoincrimina. E tem intervenções que mostram claramente que aquelas reuniões que ele teve e acompanhada tiveram efeitos”, disse o parlamentar à imprensa após depor.
Blog JURU EM DESTAQUE com CNN Brasil - Davi Vittorazzi, da CNN, Brasília
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