Ex-presidente Jair Bolsonaro fala em 'acusações vagas' e diz que o 'mundo está atento ao que ocorre no Brasil' após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR)
O ex-presidente foi apontado pelo Ministério Público como líder de organização criminosa golpista que tinha um projeto autoritário de poder. Para a PGR, Bolsonaro cometeu 5 crimes.
Por Gustavo Garcia, G1 — Brasília
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O ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou uma rede social nessa quarta-feira (19) para comentar a denúncia apresentada contra ele e outras 33 pessoas pela Procuradoria-Geral da República, na qual o político do PL é apontado como líder de uma organização criminosa golpista.
Na postagem, Bolsonaro fala em "acusações vagas" e diz que as denúncias que pesam contra ele são "fabricadas". O ex-presidente também afirma que o "mundo está atento ao que se passa no Brasil".
"O truque de acusar líderes da oposição democrática de tramar golpes não é algo novo: todo regime autoritário, em sua ânsia pelo poder, precisa fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censuras e prisões arbitrárias", afirma o ex-presidente.
"A cartilha é conhecida: fabricam acusações vagas, se dizem preocupados com a democracia ou com a soberania, e perseguem opositores, silenciam vozes dissidentes e concentram poder", completa o ex-presidente, citando países com regimes autoritários, como Venezuela, Cuba e Nicarágua.
Denúncia da PGR: quais são os próximos passos?
Nessa terça-feira (18), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, acusou formalmente Bolsonaro por cinco crimes:
- liderar organização criminosa armada
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- golpe de Estado
- dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima
- deterioração de patrimônio tombado
Somadas, as penas máximas previstas para esses crimes podem chegar a quase 40 anos, caso Bolsonaro seja condenado.
Para a Procuradoria-Geral da República, a organização criminosa liderada por Bolsonaro tinha um projeto autoritário de poder. O grupo era composto por diversos militares e aliados políticos do seu governo.
Nessa terça-feira, a defesa de Bolsonaro já havia comentado a denúncia da PGR. Os advogados manifestaram "indignação" e "estarrecimento" com as acusações formais da PGR sobre a tentativa de golpe.
Além de ter sido denunciado pela PGR, Bolsonaro já foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral e não poderá disputar eleições até 2030.
Blog JURU EM DESTAQUE com G1
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