quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Juru: A lição que fica após o amargo resultado das urnas (parte II)

Nem mesmo o deputado Hugo Motta e o governador João Azevêdo convenceram Luis Galvão a desistir da disputa contra a prefeita Solange Félix, que buscava a reeleição

O propalado rompimento político do ex-prefeito Luis Galvão com a prefeita Solange Félix (PSB) no município de Juru, Sertão da Paraíba, que a princípio circulava 'à boca miúda' e alimentava esperanças de concretização apenas em um resumido número de eleitores - principalmente os da oposição -, enfim se tornou realidade e os dois aliados políticos de 2020 se tornaram adversários na disputa pela prefeitura em 06 de outubro.

Sem nada poder fazer para evitar que a ruptura acontecesse, a atual gestora já pressentia que a mesma se tornaria realidade. Decidiu, então, manter a ex-primeira-dama do município no cargo de secretária de Saúde, embora soubesse que a sua atuação estava sendo muito criticada e deixava muito a desejar. Demitir a responsável pela pasta poderia ser entendido como um gesto de ingratidão ao ex-prefeito Luis Galvão, que a apoiou em 2020, tendo sido contemplado com duas secretarias municipais como recompensa (uma para ele e a outra para sua esposa), entre outras regalias.

Quando não tinha mais como esconder o rompimento previamente anunciado, o ex-gestor começou a publicar nas redes sociais fotos dele e da sua esposa, tiradas em sua casa, ao lado de vereadores que faziam oposição a prefeita, assim como com outros adversários.

O recado estava dado, nada mais havia a esconder: Luis Galvão disputaria a eleição contra a prefeita que ele próprio ajudou a eleger. Por mais argumentos que lhe fossem apresentados do insucesso que as urnas poderiam lhe causar, não teve quem o fizesse desistir da árdua empreitada que o mesmo iria enfrentar. Nem mesmo o deputado federal Hugo Motta e o governador João Azevêdo, parceiros da sua gestão municipal, o fizeram persuadir do intento desprovido de razão de bater de frente com uma administração que estava dando certo. Tal decisão levou Hugo e João a optarem pela continuidade do apoio a Solange Félix como reconhecimento do trabalho que a prefeita vinha realizando desde que assumiu o comando do município.

Politicamente falando, a partir de então nada mais deu certo para Luis Galvão. Ele achava que seria o dono dos votos dos eleitores juruenses e dizia que o povo havia pedido a sua candidatura. No entanto, não o acompanharam em sua aventura eleitoral nenhum dos secretários e outros auxiliares da sua administração, que após o fim do seu mandato permaneceram nos cargos na gestão que o sucedeu. De igual modo, também agiu a grande maioria dos demais funcionários da prefeitura. 

Por fim, com apenas três vereadores lhe apoiando, contra seis ligados a prefeita, Luis Galvão se viu com dificuldade até para encontrar um candidato a vice. Viu-se, também, sem grupo e financiadores da campanha, sem organizadores dos eventos políticos realizados, sem apoio da juventude, sem a adesão de quase todo o comércio local, e, enfim, sem votos suficientes para evitar a maior derrota da história política de Juru.

Ufa, haja 'sem' para um só candidato suportae!

Mais considerações do Blog JURU EM DESTAQUE a respeito das eleições municipais desse ano, em Juru, serão publicadas na parte III da próxima edição sobre "A lição que fica após o amargo resultado das urnas".

Um comentário:

  1. "Querer" implantar um linguajar meio aportuguesado de Portugal... é meio fora de contexto. logo tu, que nos mandatos 1 e 2 de LG era só elogios!!! " ventos vão... ventos vem, vai a Nau."

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