Em todo o Brasil, a venda livre e a doação do álcool a 70%, na forma líquida, voltam a ser proibidas
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A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa/PB) proíbe a venda livre e a doação, ao público em geral, da forma líquida do álcool a 70%, que fica restrita aos serviços de assistência à saúde, como hospitais e laboratórios, por exemplo, e a alguns tipos de empresas ou instituições, públicas ou privadas, que necessitam de esterilização específica.
A normativa contida na Nota Técnica nº 01/2024 publicada pelo órgão adequa a legislação sanitária estadual à Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 46/2002/Anvisa, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o álcool etílico hidratado, em todas as graduações, e para o álcool etílico anidro, comercializado por atacadistas e varejistas no País.
Em todo o Brasil, a venda livre e a doação do álcool a 70%, na forma líquida, voltam a ser proibidas em todo o Brasil no dia 30 deste mês de abril. A partir desta data, os consumidores brasileiros que desejarem continuar utilizando o álcool a 70% como meio de prevenção à Covid-19 e outras doenças transmissíveis a partir do contato das mãos com os ambientes terão à disposição a forma física em gel, lenço impregnado e aerossol.
Para melhor esclarecimento da população sobre o assunto o diretor-geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa/PB), Geraldo Moreira de Menezes, tira algumas dúvidas mais recorrentes.
A RDC restringiu a venda da forma líquida do álcool a 70% aos serviços de assistência à saúde, como hospitais e laboratórios, por exemplo, e a alguns tipos de empresas ou instituições, públicas ou privadas, que necessitam de esterilização específica. Além disso, estabeleceu uma série de regras, incluindo a obrigatoriedade de registro sanitário e a aposição, nas embalagens, de que o produto é destinado exclusivamente ao uso institucional, sendo proibida a venda direta ao público.
O álcool a 70% possui propriedades microbicidas reconhecidamente eficazes para eliminar os germes mais frequentemente envolvidos nas infecções, sendo imprescindível na realização de ações simples de prevenção como a antissepsia das mãos e a desinfecção do ambiente e de artigos médico-hospitalares, por isso ele continua liberado aos serviços de assistência à saúde, como hospitais e laboratórios, por exemplo, e a alguns tipos de empresas ou instituições, públicas ou privadas, que necessitam de esterilização específica.
É importante ressaltar que um dos grandes riscos da utilização livre do álcool etílico com alto poder de combustão, como o álcool a 70%, está ligado à utilização dele como combustível para alimentar o fogo no preparo de alimentos. Em alguns casos, como o que ocorreu recentemente com uma senhora na Região Metropolitana de João Pessoa, que teve mais de 70 por cento do corpo queimado, as vítimas perderam suas vidas.
Outro risco importante refere-se à forma como o álcool a 70%, com grande poder de queima, passou a ser exposto nas residências, nos ambientes de trabalho, no comércio e nos vários outros locais de concentração humana, sempre ao alcance de qualquer pessoa, inclusive de crianças. Nesse cenário, e depois de comparados os pontos positivos, como o alto poder de sanitização, e os negativos, como os riscos efetivos à saúde pública, optou-se pela não prorrogação da venda livre do álcool a 70% ao público em geral.
Inegavelmente, tanto o álcool líquido quanto o álcool em gel pegam fogo. Entretanto, o álcool líquido pega fogo de uma maneira muito mais rápida e mais intensa que o álcool em gel. Além disso, a forma líquida se espalha de uma maneira muito rápida, enquanto o gel permanece no local onde for derramado. Portanto, o que justifica a decisão pela não prorrogação da venda livre do álcool líquido a 70% é a opção pela segurança.
Paraíba Já
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