Impossibilidade do registro da candidatura de Corina Yoris, uma opositora do regime de Nicolás Maduro, na última segunda-feira (25) gerou reações de países
Comunicados divulgados nos últimos dias por pelo menos 11 países demonstram que o Brasil não está sozinho quando externa preocupação com as eleições venezuelanas, marcadas para o dia 28 de julho.
A impossibilidade do registro da candidatura de Corina Yoris, uma opositora do regime de Nicolás Maduro, na última segunda-feira (25) gerou reações de países como Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile e Equador, que levantaram dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral da Venezuela.
Além disso, os Estados Unidos disseram ver uma “escalada perturbadora” no país sul-americano.
Após o fim do prazo para inscrição de candidaturas, a coalizão Plataforma Unitária Democrática, que reúne dez partidos de oposição, afirmou não ter conseguido registrar a candidatura de Corina Yoris.
Corina Yoris já havia sido escolhida porque a candidata inicial, María Corina Machado, havia sido inabilitada pela Suprema Corte venezuelana, alinhada a Maduro.
Diante disso, a oposição deve apoiar o nome de Manuel Rosales, que conseguiu se inscrever de última hora no processo eleitoral.
Nesse contexto, diante da avaliação de desrespeito ao acordo que prevê eleições livres no país, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou comunicado no qual afirmou que:
- acompanha situação no país vizinho com “preocupação”;
- o processo “não é compatível” com o Acordo de Barbados; e
- que não houve explicação sobre as acusações da oposição.
Em resposta a esse comunicado brasileiro, a chancelaria venezuelana emitiu uma nota na qual afirmou que:
- o país de Maduro tem uma das democracias “mais robustas” da região;
- tem “moral” para exigir mais respeito; e
- texto brasileiro parecia ter sido “ditado” pelo governo dos Estados Unidos.
Oficialmente, o Itamaraty não fez comentários sobre a reação venezuelana. Na condição de anonimato, um integrante da cúpula do ministério afirmou que a avaliação foi a de que, se respondesse, alimentaria o atrito diplomático de forma pública.
Essa fonte do Itamaraty ouvida pela GloboNews também disse que a nota venezuelana repete um padrão do regime de Maduro de relacionar críticas a uma suposta interferência dos EUA.
Fonte: G1
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