De acordo com o calendário gregoriano (seguido pela maioria dos países), todo ano tem pelo menos uma sexta-feira 13 (e, no máximo, três)

Esta é a última de duas sextas-feiras 13 em 2023, com a primeira tendo ocorrido em janeiro. Isso é sinal de azar? Não. Segundo o site EarthSky, qualquer ano tem pelo menos uma sexta-feira 13 – mas, não mais do que três.
No ano passado, por exemplo, foi apenas uma – o que vai se repetir em 2025. A última vez que ocorreram três sextas-feiras 13 foi em 2015 (fevereiro, março e novembro). Isso vai acontecer de novo em 2026. Já no ano que vem, serão novamente duas (em setembro e em dezembro).
Resumindo:
- 2023 teve duas sextas-feiras 13: em janeiro e em outubro;
- Existe uma frequência lógica para isso acontecer;
- Todo ano tem, no mínimo, uma sexta-feira 13 e, no máximo, três;
- Este é um dia considerado de “azar” por algumas pessoas;
- Há quem tenha medo real desta data.
![]() |
A franquia de filmes ‘Sexta-feira 13’, estrelada pelo vilão Jason, alimentou o medo da data - Crédito: Reprodução |
Pelo calendário gregoriano (utilizado oficialmente pela maioria dos países), sempre que um ano comum de 365 dias se inicia em um domingo, os meses de janeiro (obviamente) e outubro começam em um domingo. E qualquer mês que começa em um domingo sempre tem uma sexta-feira 13.
A última vez que um ano comum começou em um domingo foi em 2017. Antes disso, em 2006 – o primeiro ano do século 21 (2001 a 2100) a começar domingo.
Matematicamente, o calendário do terceiro ano após um ano bissexto se repete em ciclos de 11, 22 e 28 anos. Isso quer dizer que nos anos de 2034, 2045 e 2051, janeiro e outubro terão novamente uma sexta-feira 13.
Da mesma forma, todo segundo ano após um ano bissexto terá dias e datas que se combinam novamente em períodos de 11, 17 e 28 anos.
Sendo assim, no século 21, temos um total de 10 anos com uma sexta-feira 13 em janeiro e outra em outubro: 2006, 2017, 2023, 2034, 2045, 2051, 2062, 2073, 2079 e 2090.
Por que algumas pessoas temem a sexta-feira 13?
Não há evidências escritas de que a sexta-feira 13 tenha sido associada a azar antes do século 19. No entanto, para o cristianismo, alguns fatos anteriores a isso relacionados à data podem ter servido de base para o início da crença de mau agouro:
- Jesus Cristo e seus discípulos compareceram à última ceia na quinta-feira, 12, mas o 13º convidado, Judas, aparece na sexta;
- Adão e Eva comeram o fruto proibido da Árvore do Conhecimento em uma sexta-feira 13;
- Também é a data em que Caim assassinou Abel, seu irmão;
- O Templo de Salomão foi derrubado em uma sexta 13;
- No Grande Dilúvio, a Arca de Noé partiu também nesta data.
![]() |
Você tem medo da sexta-feira 13? Crédito: i am adventure – Shutterstock |
Independentemente de ser dia 13, a sexta-feira, para alguns povos, sempre representou (pasmem!) um dia ruim. Na Idade Média, por exemplo, muitas pessoas não se casavam nem partiam para uma viagem em uma sexta-feira.
Nos tempos modernos, a franquia de filmes de terror “Sexta-Feira 13” ajudou a manter viva a intensificar a parascavedecatriafobia, que é o nome dado ao medo desta data – saiba mais sobre essa fobia aqui.
Por outro lado…
Não é todo mundo que relaciona a sexta-feira 13 a coisas ruins. Há evidências, também, de que a data seja um prenúncio de boa sorte. De acordo com a CNN, nos tempos pagãos, acreditava-se que a sexta-feira tinha uma associação única com o divino feminino.
Friday (sexta-feira, em inglês) significa “dia de Frigg”, uma poderosa deusa da mitologia nórdica (também conhecida como Frigga) associada ao amor, ao casamento e à maternidade.
Freyja, a deusa do amor, fertilidade e guerra (com quem Frigg era frequentemente confundida), tinha o poder da magia, de prever o futuro e de determinar quem morreria nas batalhas. Dizia-se, ainda, que ela usava uma carruagem puxada por dois gatos pretos.
As duas divindades eram adoradas em toda a Europa e, por conta das associações, a sexta-feira era considerada, pelos povos nórdicos e teutônicos, um dia de sorte para o casamento.
Por sua vez, o número 13 era considerado milagroso pelas culturas pré-cristãs e reverenciado pelas deusas por conta da ligação com o número de ciclos lunares e menstruais.
Fonte: Olhar Digital - Flavia Correia - Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra
Nenhum comentário:
Postar um comentário