Obras inacabadas na Paraíba causam prejuízos de R$ 700 milhões a cofres públicos; confirma Tribunal de Contas da União (TCU)

Cifra astronômica. Creches e postos de saúde
inacabados. Ginásio e mercado públicos sem nunca ter sido terminado.
Obras interrompidas pela metade. Abandonadas. Paredes e tetos
abandonados antes de serem concluídas. Desperdício de recursos públicos.
Dinheiro jogado no “ralo”. Sonhos frustrados pela população. As obras
inacabadas causam prejuízo de R$ 700 milhões na Paraíba. A informação é
do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), o paraibano Vital do
Rêgo.
Ao todo, 8.603 obras realizadas com verbas do governo federal estão paralisadas, na Paraíba, de acordo com um acompanhamento realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
As principais obras inacabadas estão localizadas em cidades como Araçagi, Guarabira, Patos, Itaporanga, Marizópolis, Pirpirituba, Monteiro, Pedra Branca entre outras localizadas no Brejo, Cariri, Litoral e Sertão do Estado.
Uma delas na cidade de Araçagi, município paraibano localizado a 83km de João Pessoa. Foram investidos quase R$ 1,5 milhão para a construção de uma creche cuja obra foi iniciada em 2011 e que prometia beneficiar 150 crianças entre 0 e 5 anos. Estava quase tudo pronto, até que algumas irregularidades foram identificadas e a obra parou. Ela nunca mais foi retomada e 12 anos depois quase nada é aproveitado mais.
Em Guarabira, no Brejo paraibano, a situação é semelhante. Há pelo menos quatro anos, os moradores do bairro Alto da Boa Vista aguardam a conclusão de uma creche que deve beneficiar cerca de 190 crianças. O investimento inicial passou de R$ 1 milhão. Mas, por enquanto, só existem paredes e uma estrutura de alumínio que foi colocada para sustentar a cobertura no teto.
Em Patos, no Sertão paraibano, uma Vila Olímpica de ponta com pista de atletismo, piscina, campo de futebol, e um Centro de Iniciação ao Esporte, tiveram as obras iniciadas, mas dez anos depois, seguem paralisadas e abandonadas. A previsão é que sejam necessários quase R$ 6 milhões extras para concluir ambas as obras.
Em Patos a reclamação também gira em torno da ausência de um teatro na cidade, mesmo depois de dez anos de anúncio da construção do Teatro Municipal de Patos, a partir de um convênio com o Ministério da Cultura.
Diante do abandono, o Ministério Público Federal (MPF), abriu inquérito para fiscalizar a paralisação da obra do teatro. Já foram gastos R$ 2,9 milhões, mas até hoje o equipamento cultural não abriu suas portas.
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