terça-feira, 4 de abril de 2023

MST invade área pertencente a uma usina em Pernambuco

ABRIL VERMELHO: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) invade área de 800 hectares de terra pertencente a uma usina na cidade de Timbaúba (PE)

Área ocupada é pertencente a uma usina na cidade de Timbaúba; cerca de 250 pessoas participam da invasão

Invasão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em Pernambuco - Foto: Divulgação

Cerca de 250 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) invadiram uma área pertencente a uma usina na cidade de Timbaúba, em Pernambuco, na madrugada desta segunda-feira (03). São cerca de 800 hectares de terra ocupados.

A invasão deu início a jornada do chamado Abril Vermelho, organizado anualmente pelo movimento.

Em comunicado, o MST divulgou que a área invadida é improdutiva e “que não cumpre a função social, que é produzir alimentos para a sociedade”. Afirma também que a situação atual da região invadida é “predatória e tem impactos à natureza”.

O movimento diz que a terra ocupada é pertencente ao governo de Pernambuco e que foi grilada pela usina.

O documento emitido pelo MST cita a Constituição Federal para justificar a invasão, mencionando os artigos 184 e 186.

O artigo 184 diz que, a União deve “desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária”.

Já o artigo 186 diz que, para cumprir com a função social, o proprietário deve fazer um “aproveitamento racional e adequado” da área, além de promover a “utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente”; “observância das disposições que regulam as relações de trabalho” e “exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores”.

O Abril Vermelho realizado pelo MST começou a ocorrer após a morte de 19 trabalhadores sem-terra que foram assassinados pela Polícia Militar do Pará, na cidade de Eldorado dos Carajás, onde havia uma ocupação de terra. As mortes ocorreram em abril de 1996 e se tornaram símbolo da luta pela reforma agrária para o movimento.

Blog JURU EM DESTAQUE com CNN - Diego Barros

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