quinta-feira, 16 de março de 2023

Redução na exportação do agronegócio do Brasil

Agronegócio brasileiro exportou US$ 9,89 bilhões em fevereiro deste ano, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério Público

Resultado foi 5,6% em relação a igual período do ano passado, informou o Ministério da Agricultura na quarta-feira (15/03)

Michelle Portela
 (crédito: Agronegócio: Impacto direto nas comunidades de agronegócios familiares que hoje recebem orientações e incentivos para atuarem como laboratórios de novas invenções e estudos. (Fonte: Grupo Cultivar))
(Crédito: Agronegócio: Impacto direto nas comunidades de agronegócios familiares que hoje recebem orientações e incentivos para atuarem como laboratórios de novas invenções e estudos - (Fonte: Grupo Cultivar))

O agronegócio brasileiro exportou US$ 9,9 bilhões em fevereiro deste ano, mas com retração principalmente na comercialização de soja em grãos, açúcar de cana em bruto e trigo, de acordo com informações divulgadas na quarta-feira (15/03) pelo Ministério da Agricultura. Contudo, o segmento registra uma redução de 5,6% em relação ao ano passado. 

O principal motivo para a redução no volume de exportações ocorrida no segmento de grãos foi o atraso na colheita. "No mês analisado, houve recuo nas exportações em função da redução dos volumes exportados de soja em grãos, influenciado pelo atraso na colheita, apesar da produção recorde estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 151,4 milhões de toneladas para 2022/2023", diz a nota do órgão.

Em destaque, a maior redução foi sentida no volume exportado da soja em grãos (- 1,07 milhão de toneladas), açúcar de cana em bruto (- 615,96 mil toneladas) e trigo (- 283,53 mil toneladas). "Açúcar e trigo também apresentaram queda nas vendas externas. Houve menor disponibilidade interna para exportação, por causa das preocupações com a safra argentina no caso do trigo, e menor moagem de cana-de-açúcar por questões climáticas", afirma o órgão.

Entre os que tiveram melhor resultado, estão o milho, celulose, farelo e óleo de soja e carne de frango. Neste campo, o pior desempenho ocorreu devido à redução internacional do preço e diminuição do volume exportado, entre outros fatores, devido à suspensão das exportações para a China, suspensas desde 23 de fevereiro. 

Uma das razões para essa queda no volume é o caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”) comunicado, em 22 de fevereiro, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). "Uma das razões para essa queda no volume é o caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”) comunicado, em 22 de fevereiro, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)", afirma a nota do MAPA. 

Com isso, as vendas de carne bovina para a China caíram 15,35 mil toneladas em fevereiro de 2023, atingindo 71,72 mil toneladas no acumulado do ano. Houve redução também para Estados Unidos, Chile e Egito diminuiu. Contudo, no acumulado do ano, houve crescimento nas exportações brasileiras do agronegócio, com recorde de US$ 20,1 bilhões no primeiro bimestre.

Correio Braziliense

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