quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Influencer é preso por lavagem de dinheiro e promover sorteio ilegais de veículos

Investigado por promover rifas ilegais, influenciador digital Elizeu Silva Cordeiro, conhecido como "Big Jhow", é preso em Minas Gerais 

Mesmo após ser alvo da operação Huracán, na semana passada, o suspeito prometeu aos mais de 1 milhão de seguidores que iria entregar, ao vencedor da rifa, o valor referente a Lamborghini

Darcianne Diogo
 (crédito: Divulgação/PCDF)
(Crédito: Divulgação/PCDF)

O influenciador digital Elizeu Silva Cordeiro, mais conhecido como "Big Jhow", foi preso, na manhã dessa quarta-feira (16/11), no condomínio onde mora, na cidade de Esmeraldas, em Minas Gerais. O influencer é investigado por lavagem de dinheiro e por promover sorteio ilegais de veículos. Na semana passada, a Polícia Civil do DF (PCDF) desencadeou a segunda fase da operação Huracán e, por determinação judicial, apreendeu uma Lamborghini, anunciada em sorteio. Mesmo após a operação, o suspeito prometeu aos mais de 1 milhão de seguidores que iria entregar, ao vencedor da rifa, o valor referente ao veículo.

No domingo (13/11), a Divisão de Repressão a Roubos e Furtos da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DRF/Corpatri) solicitou à Justiça a prisão preventiva do influenciador mineiro. A prisão foi requerida como garantia da ordem pública. No mesmo dia, o juiz Jerônimo Grigoletto Goellner preferiu a decisão e determinou a prisão preventiva de Elizeu.

De acordo com o magistrado, o investigado não “respeita as determinações judiciais e os preceitos legais” e “insiste em promover alienação que sabe ilegal”. Ainda segundo o juiz, “não se trata de simples rifa de bem de valor desprezível, mas de operação milionária, cujo produto fatalmente terá que ser branqueado”.

A decisão foi encaminhada, ainda no domingo (13/11), à Polícia Civil de Minas Gerais, que localizou o rapaz nesta manhã. O mandado de prisão foi cumprido pela Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais (Core). "O objetivo do sequestro do veículo era o encerramento dos sorteios ilegais, mas o investigado afrontou a polícia judiciária e o Poder Judiciário e continuou com o negócio, perpetuando o ciclo de lavagem, daí a necessidade da custódia provisória", afirma o delegado Fernando Cocito, diretor da DRF.

Operação

A segunda fase da operação Huracán foi deflagrada na quinta-feira (10/11). Policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão no DF e em Minas Gerais, para dois veículos da marca Lamborghini, avaliados em R$ 5 milhões. Um dos carros estava na cidade de Esmeraldas (MG), sob os cuidados de Elizeu. Com mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, ele foi candidato a deputado estadual pelo Solidariedade-MG nas eleições deste ano, mas não se elegeu.

Em Minas Gerais, agentes apreenderam, ainda, uma lancha e um jet ski avaliados em R$ 700 mil. Também foram bloqueados R$ 12 milhões de reais em contas de pessoas físicas e jurídicas. A investigação contou com o apoio da Subsecretaria de Apostas e Promoção Comercial da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Economia.

Correio Braziliense

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