quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Inserções a menos veiculadas em desfavor de Bolsonaro em rádios na Paraíba

Presidente Jair Bolsonaro diz que Lula teve cerca de 730 inserções em rádios a mais na Paraíba; Alexandre de Moraes quer prova

Presidente Jair Bolsonaro 

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, alegou que está sendo “censurada” por rádios pelo país para favorecer o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Uma hora depois da entrevista, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, classificou a denúncia como inconsistente, disse que o relatório apresentado à Corte era “apócrifo” e pediu provas.

A campanha alega que foram 154.085 inserções de rádio do PT a mais do que o candidato do PL entre os dias 7 e 21 de outubro do segundo turno do pleito eleitoral, de acordo com uma auditoria na programação de emissoras de rádio de todo o país. Cada inserção que não foi divulgada tem 30 segundos de duração. Segundo a campanha de Bolsonaro, os spots que deixaram de ser veiculadas correspondem a 1.283 horas de conteúdos não exibidos.

Somente na Paraíba, segundo o relatório entregue à Justiça Eleitoral, foram cerca de 730 inserções a menos veiculadas em desfavor de Jair Bolsonaro nas rádios do estado. O relatório foi apresentado pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. Segundo ele, a distorção representa 18,24% a menos na quantidade de inserções.

O ministro Alexandre Moraes, no entanto, analisou o pedido e deu 24 horas para Bolsonaro apresentar provas do que alega. “Os fatos narrados não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documentos sério, limitando-se a juntar um suposto e apócrifo relatório de veiculações de rádio”, escreveu Moraes. O presidente do TSE advertiu, ainda, que a campanha pode responder por crime eleitoral se não apresentar as provas.

A alegação foi feita dois dias depois de o TSE conceder direito de resposta para o petista na TV e tirar quase uma hora de propaganda do candidato à reeleição nas emissoras de televisão. Os advogados de Bolsonaro argumentam que diferença entre o número de inserções dos dois candidatos à Presidência é “gravíssimo” e pode levar à “ilegitimidade” das eleições.

No documento entregue ao TSE, a campanha não citou as rádios que supostamente teriam deixado de veicular as propagandas, os municípios onde Lula teria sido beneficiado com a articulação e quantos eleitores foram impactados ao ouvir mais inserções do PT.

MaisPB

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