quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Mídia não repercute assassinato cruel de mulher e filho por lulista

Homem que matou ex-mulher e filho de 2 anos de idade tem tatuagem de Lula; nome da criança era homenagem ao ex-presidente

Gabriel Campoy
Policial que matou a esposa e o filho em SP (Foto: Reprodução / Twitter)

Policial que matou a ex-esposa e o filho de dois anos em São Paulo - (Foto: Reprodução / Twitter)

Preso em flagrante após matar a ex-mulher e o filho de dois anos em São Paulo, o estudante de medicina Ezequiel Lemos Ramos tem a imagem do ex-presidente Lula (PT) tatuada no braço esquerdo. O filho dele, inclusive, morto após os disparos, tinha os dois primeiros nomes do petista: Luiz Inácio Nicolich Lemos.

Na segunda-feira, 12 de setembro, Ezequiel, de 38 anos, abordou a mulher Michelli Nicolich, de 37 anos, e os dois filhos, de 2 e 5 anos, em um cruzamento na Avenida Rodolfo Pirani, no Parque São Rafael, zona leste da capital. O militar atirou na direção do carro com uma carabina e, logo em seguida, a mulher, dirigindo um veículo branco, tentou fugir com o carro, mas acabou colidindo com um poste na rua do colégio O Rei Leão, onde as crianças estudavam.

Na filmagem das câmeras de segurança é possível ver o momento em que ele se aproxima do carro, após ele bater no poste, e atirar duas vezes no veículo. Os disparos mataram a mulher e o filho.

De acordo com informações da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), o agente foi visto por um outro policial que estava de folga. Ele estava com uma carabina em punho e afirmou que teria “perdido a cabeça”. O caso foi registrado no 49º DP. 

Nas imagens em que o homem é detido, é possível observar imagens com o rosto do ex-presidente Lula tatuado no braço esquerdo de Ezequiel.

Uma câmera de segurança registrou o Fiat Uno branco já fora de controle e batendo em um poste. Nesse momento, Michelli, que dirigia o carro, já havia tomado o primeiro tiro. As imagens mostram que, em seguida, o atirador aparece correndo, dispara novamente e sai apressado.

Veja o momento em que o atirador é preso:

Veja como o crime ocorreu:


Medicina no Paraguai

O assassino confesso é estudante de medicina e está no quarto ano do curso. Ele viveu por cinco anos em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul; o município faz divisa com Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia onde ele assistia às aulas. O registro de CAC de Ezequiel o autorizava a ter um fuzil, uma pistola e uma espingarda.

Agressivo, o homem já tinha histórico de violência contra a ex-mulher. Ele chegou a ser preso em Ponta Porã no último mês de maio, após acertá-la com um soco e apontar uma arma para a cabeça dela durante uma discussão.

Testemunha

Ezequiel estava em um Fiat Mobi cinza, estacionado do outro lado da rua. A mulher buscou os dois filhos na escola e entrou no veículo. Nesse momento, o homem começou a atirar, de acordo com o relato de uma testemunha. Michelli tentou fugir com o carro, mas acabou perdendo controle do veículo e batendo contra um poste.

Ezequiel Lemos Ramos, de 39 anos, atirou no carro que ex-mulher estava a ex-mulher de 37 anos e dois filhos do casal de 2 e 5 anos
Ezequiel Lemos Ramos, de 39 anos, atirou no carro que estava a ex-mulher de 37 anos e dois filhos do casal de 2 e 5 anos
Prisão

Ezequiel Lemos Ramos se rendeu e, desarmado, foi detido em flagrante. No 49º Distrito Policial (DP) de São Mateus, o homem foi indiciado por duplo homicídio doloso qualificado por feminicídio, emboscada e tentativa de homicídio.

A Polícia Civil ainda não encontrou a arma usada no crime, mas pediu a prisão preventiva de Ramos. Em nota, a corporação informou que realiza diligências para localizar a arma do crime e identificar se houve a participação de uma segunda pessoa no caso.

Em depoimento à polícia, Ezequiel alegou que procurou a ex-mulher porque ela devia R$ 70 mil a ele. A família de Michelli, contudo, nega essa versão e diz que o homem a agrediu quando ela descobriu que ele estava em um site de relacionamento. A vítima teria, inclusive, uma medida protetiva contra Ezequiel.

REPERCUSSÃO

Através das redes sociais a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, atribuiu o aumento da criminalidade e dos casos de violência em período eleitoral à política de armas do governo Jair Bolsonaro (PL). “O incentivo à violência e a liberação, pelo governo federal, da compra, posse e porte de armas estão na raiz de crimes e tragédias como a que ocorreu ontem no Parque São Rafael, em São Paulo. O PT está solidário com os familiares da vítima”, disse a nota.

No outro lado do espectro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filho mais novo do presidente, afirmou que “a oposição quer jogar na conta de Bolsonaro”. Além disso, o parlamentar disse que “as pessoas perderam o interesse” no caso após verem a foto do acusado com o rosto do petista tatuado no braço. 

Fonte: https://www.ovale.com.br › nossaregiao › cidades › ho... com Metrópoles

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