quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Acredite se quiser!

Jovem de 29 anos de idade renuncia à herança de R$ 22 bilhões dos avós por acreditar que “todo esse dinheiro não vai me deixar feliz”

Marlene Engelhorn 4 scaled - Jovem renuncia à herança de R$ 22 bilhões dos avós por acreditar que "todo esse dinheiro não vai me deixar feliz"

Quem renunciaria à uma herança de mais de 4,2 bilhões de euros (cerca de R$ 22 bilhões) por achar que o dinheiro “não o deixaria feliz”?

Esse é o caso da alemã Marlene Engelhorn, 29 anos, herdeira do império químico Basf, que anunciou que vai renunciar a 90% de sua herança por achar que “não fez nada para receber o dinheiro, sendo pura sorte, acaso do nascimento”.

Sua decisão despertou uma curiosidade global, com a mídia europeia em particular que dedicou muito espaço para a jovem, e com as redes sociais que registraram uma explosão de comentários.

Engelhorn receberá o dinheiro após sua avó, Traudl Engelhorn-Vechiatto, 94 anos, falecer. Há dois anos, a anciã matriarca revelou seu testamento à família. Naquela ocasião, Engelhorn deixou claro que não queria sua parte.

A jovem declarou que não estava feliz e se disse “chateada” com a eventualidade. Portanto, quando receberia o dinheiro se livraria rapidamente dele.

Engelhorn, que por sinal nunca trabalhou na empresa de família, e mesmo chegando na casa dos 30 anos ainda estuda literatura alemã na faculdade de Viena, disse acreditar que as heranças deveriam ser tributadas pesadamente.

Segundo ela, o dinheiro “faz provavelmente poucas pessoas felizes”. Para a jovem, muito dinheiro corre o risco de se tornar um problema e não uma vantagem, porque a riqueza excessiva pode levar à tensões, problemas e mal-entendidos em vez de soluções.

“Que vantagem eu teria em ser super rica, Uma riqueza só para mim? Vou acabar ficando sozinha”, declarou a jovem, salientando como, segundo ela, faz muito mais sentido compartilhar esse dinheiro com a sociedade.

Na mesma entrevista, questionada sobre se iria doar a quantia rejeitada, ela afirmou que ainda não sabe qual será o destino do dinheiro e voltou a falar sobre taxação de grandes riquezas. Ainda, ela criticou atos benevolentes anunciados por super ricos, chamando-os de “neofeudalismo disfarçado de caridade”, já que eles, mesmo que façam as doações, têm o poder de decidir para onde as quantias serão enviadas.

Fonte: Exame - Créditos: Polêmica Paraíba - Publicado por: Vitor Azevêdo

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