Com apoio do Governo do Estado, 'São João na Rede' começa nesta sexta-feira (10) e vai percorrer 12 cidades paraibanas

A terceira edição do São João na Rede será aberta
nesta sexta-feira (10), em Mamanguape. O evento organizado pela ONG
Balaio Nordeste e Governo da Paraíba, será híbrido este ano, com
apresentações presenciais em 12 cidades e transmissão pelo YouTube
(Canal da Balaio Nordeste).
O encerramento será com shows na cidade de Coremas, no dia 21 de junho. A escolha das cidades levou em consideração a inexistência de eventos já patrocinados e a disponibilidade de locais para a realização do evento.
O secretário de Estado da Cultura, Damião Ramos Cavalcanti, disse que foi escolhida uma cidade de cada Região de Cultura. “Fizemos assim para contemplar todo o Estado, oferecendo um festival de música regional com artistas paraibanos, e, na maior parte, artistas das próprias cidades”, complementou.
Forró raiz
Serão 60 atrações, entre bandas, trios, orquestra de sanfonas e cantores. Esses artistas têm em comum a musicalidade do chamado forró de raiz, informou Bira Delgado, gerente de Música da Secretaria de Estado da Cultura (SecultPB).
O Governo da Paraíba, por meio da Secult, apoia o evento pelo terceiro ano consecutivo, sendo o principal parceiro.
‘Caminhão do forró’
Além de ser a primeira vez em que o Festival São João na Rede se realiza com shows presenciais, outra inovação torna o evento singular: todo o equipamento (palco, sistema de iluminação e aparelhagem de som) é montado em um caminhão, especialmente desenhado para se transformar em palco.
No momento em que chega na cidade, no local indicado pela Prefeitura, o veículo deixa de ser caminhão e vira um palco totalmente funcional para os shows.
Essa simbologia de apresentações em caminhão também faz remontar ao passado, quando bandas e trios percorriam o Nordeste, muitas se apresentando sobre palcos improvisados, algumas vezes, sobre caminhões cobertos com lona.
Na versão atual, o romantismo da rota de shows percorrida em caminhão ganha a modernidade da tecnologia de som e iluminação, além de banners e outras peças gráficas que ajudam a identificar o evento. “É uma maneira prática e bem mais barata de fazer um evento nesse formato. A praticidade é muito grande, porque montagem e desmontagem são fáceis e rápidas”, diz a produtora e presidente da Associação Cultural Balaio Nordeste, Joana Alves. “Também há mais proximidade entre os artistas e o público”.
Uma vez na estrada, o caminhão e a equipe de produção só regressam a João Pessoa 12 dias depois. “É um tiro só: começamos a rota em Mamanguape e continuaremos seguindo, até a última apresentação”, diz o produtor Blender Quintella, da Associação Balaio Nordeste.
Artistas e produção se encontrarão nas cidades para acertarem últimos detalhes das apresentações, fazerem os testes de som, contato com a mídia local e, finalmente, os shows, que começarão às 19h.
O início
O Festival São João na Rede nasceu em 2020, primeiro ano na pandemia do coronavírus, como uma ação organizada em todo o Brasil pelo Fórum Nacional de Forró de Raiz, com o objetivo de gerar trabalho e renda para o período junino daquele ano, quando foram suspensos todos os eventos presenciais.
Com mais de 200 artistas de 14 Estados, a primeira edição já era o maior evento on-line de Forró no país. Foram 14 dias de programação com conteúdo produzido por músicos, contadores de histórias, professores de dança e música, mestres da cultura nordestina, poetas e palestrantes, além de documentários e clipes.
Programação 2022
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