Também chamado de 'Uma visita de São Nicolau', o poema 'A véspera de Natal' inspirou a criação de Papai Noel
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Imagem de Papai Noel para campanha publicitária da Coca Cola, por Haddon Sundblom em 1931 |
Em 1931, o pintor Haddon Sundblom retirou o cachimbo da imagem criada por Nast e substituiu por uma coca-cola. A criação do personagem foi baseado no poema 'A véspera de Natal' escrito em 1823 pelo escritor americano Dr. Clement Clarke Moore.
As imagens do velhinho com uma expressão alegre, segurando uma coca-cola e entregando presentes começaram a circular em revistas populares como publicidade.
Conheça o poema criado por Clement Moore, também chamado de 'Uma visita de São Nicolau', que inspirou a criação da imagem do Papai Noel.
“Era véspera de Natal, e a casa dormiaNem mesmo um camundongo por ela se moviaAs meias, na chaminé, esperavam, de leveQue São Nicolau chegasse em breveAs crianças dormiam entre quentes cobertasSonhando com os doces que viriam na certaE eu e a mamãe, de lenço e bonéRessonávamos tranquilos, noite afora atéQue um estrondo lá fora chamasse a atenção.Levantei-me para ver qual era a confusão.Como um relâmpago corri para a janelaAbri as persianas, a cortina que velaiE a Lua que reluzia sobre a neve recenteIluminava a cena como um sol nascenteE diante dos meus olhos surgiram, repentinos,Oito renas minúsculas e um trenó pequeninoCom um velho à rédea, feliz e com piqueLogo tive a certeza de que era São NickRápido como uma águia, o trenó voavaE ele, entre assobios, cada rena chamava“Vamos Dasher, vamos Dancer, vamos Prancer e Vixen!Vamos Comet, vamos Cupid, vamos Donner e Blitzen!Por sobre a varanda e por sobre o telhado!Voando, voando, por todos os lados!”E como folhas secas ao vento do furacãoQue não respeitam barreira à sua ascensãoAs renas voavam casa acima, pelo céuPuxando o trenó, brinquedos e NoelE depois eu ouvi, por sobre o telhadoOs cascos se movendo em tom ritmadoE quando fechei a janela e me virei para olharDa chaminé percebi São Nicolau saltarVestido de peles, dos pés à cabeçaCoberto de pó e de fuligem espessaEle trazia às costas brinquedos variadosComo um vendedor chegando ao mercadoSeus olhos brilhavam, e seu rosto sorriaNa face rosada o nariz reluziaSua boca se abriu em um sorriso breveE a barba em seu queixo era branca como a neveO homem trazia um cachimbo entre os dentesE a fumaça cercava seu rosto sorridenteSeu rosto pequeno e barriga arredondadaSe moviam como gelatina quando ele dava risada!Tão gorducho e redondo, o alegre pequeninoQue sorri sem nem notar, ao vê-lo, ladino,Me fazer um sinal, uma leve piscada,Indicando situação nada arriscadaE sem uma palavra ele fez seu trabalho,Enchendo as meias, e girando no assoalhoErgueu um dedo em sinal de despedidaE pela chaminé procurou a saídaSaltou ao trenó, com um forte assobio,E saíram aos ares com um rodopioMas o ouvi exclamar, no momento final“Meu boa noite a todos, e um feliz natal”.
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