sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Poema 'A véspera de Natal'

Também chamado de 'Uma visita de São Nicolau', o poema 'A véspera de Natal' inspirou a criação de Papai Noel 

Papai Noel Coca Cola
Imagem de Papai Noel para campanha publicitária da Coca Cola, por Haddon Sundblom em 1931

Em 1931, o pintor Haddon Sundblom retirou o cachimbo da imagem criada por Nast e substituiu por uma coca-cola. A criação do personagem foi baseado no poema 'A véspera de Natal' escrito em 1823 pelo escritor americano Dr. Clement Clarke Moore.

As imagens do velhinho com uma expressão alegre, segurando uma coca-cola e entregando presentes começaram a circular em revistas populares como publicidade. 

Conheça o poema criado por Clement Moore, também chamado de 'Uma visita de São Nicolau', que inspirou a criação da imagem do Papai Noel. 

“Era véspera de Natal, e a casa dormia
Nem mesmo um camundongo por ela se movia
As meias, na chaminé, esperavam, de leve
Que São Nicolau chegasse em breve

As crianças dormiam entre quentes cobertas
Sonhando com os doces que viriam na certa
E eu e a mamãe, de lenço e boné
Ressonávamos tranquilos, noite afora até

Que um estrondo lá fora chamasse a atenção.
Levantei-me para ver qual era a confusão.
Como um relâmpago corri para a janela
Abri as persianas, a cortina que velai

E a Lua que reluzia sobre a neve recente
Iluminava a cena como um sol nascente
E diante dos meus olhos surgiram, repentinos,
Oito renas minúsculas e um trenó pequenino

Com um velho à rédea, feliz e com pique
Logo tive a certeza de que era São Nick
Rápido como uma águia, o trenó voava
E ele, entre assobios, cada rena chamava

“Vamos Dasher, vamos Dancer, vamos Prancer e Vixen!
Vamos Comet, vamos Cupid, vamos Donner e Blitzen!
Por sobre a varanda e por sobre o telhado!
Voando, voando, por todos os lados!”

E como folhas secas ao vento do furacão
Que não respeitam barreira à sua ascensão
As renas voavam casa acima, pelo céu
Puxando o trenó, brinquedos e Noel

E depois eu ouvi, por sobre o telhado
Os cascos se movendo em tom ritmado
E quando fechei a janela e me virei para olhar
Da chaminé percebi São Nicolau saltar

Vestido de peles, dos pés à cabeça
Coberto de pó e de fuligem espessa
Ele trazia às costas brinquedos variados
Como um vendedor chegando ao mercado

Seus olhos brilhavam, e seu rosto sorria
Na face rosada o nariz reluzia
Sua boca se abriu em um sorriso breve
E a barba em seu queixo era branca como a neve

O homem trazia um cachimbo entre os dentes
E a fumaça cercava seu rosto sorridente
Seu rosto pequeno e barriga arredondada
Se moviam como gelatina quando ele dava risada!

Tão gorducho e redondo, o alegre pequenino
Que sorri sem nem notar, ao vê-lo, ladino,
Me fazer um sinal, uma leve piscada,
Indicando situação nada arriscada

E sem uma palavra ele fez seu trabalho,
Enchendo as meias, e girando no assoalho
Ergueu um dedo em sinal de despedida
E pela chaminé procurou a saída

Saltou ao trenó, com um forte assobio,
E saíram aos ares com um rodopio
Mas o ouvi exclamar, no momento final
“Meu boa noite a todos, e um feliz natal”.

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